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O micro e pequeno varejo sofrem com o constante crescimento das
cargas tributárias e outras tarifações que fazem com que fque cada
vez mais difícil bater a concorrência com as empresas e redes de
grande porte.
O alento nessas horas é saber que o setor conta com o apoio e o
esforço de entidades do comércio, como é o caso da Federação do
Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), que se posiciona
como um agente facilitador, catalisador e impulsionador da rede de
relacionamento com terceiro setor, sociedade civil, empresas e orga-
nismos públicos.
Em entrevista à revista Show do Pintor & Pinturas, Abram Szajman,
empresário e presidente da Fecomercio, do Centro do Comércio do
Estado de São Paulo (CCESP) e dos conselhos regionais do Sesc e do
Senac, estabelece uma análise dessa situação e mostra que a entidade não está alheia, se mostrando uma importante parceira no apoio de novos projetos
em benefício do comércio e apresentando trabalhos que auxiliem no desenvolvimento e profssionalismo do setor.
Neste bate-papo, Szajman analisa a situação atual do pequeno varejo, comentando sobre a necessidade premente de uma reforma tributária, maior equi-
líbrio na relação entre as emissoras do cartão e os comerciantes e de ações profssionalizantes que auxiliem os lojistas a estabelecerem condições, senão
igualitárias, pelo menos mais vantajosas na acirrada competição. Além disso, ressalta o trabalho que a entidade vem desenvolvendo em prol de ações de
sustentabilidade social e ambiental no varejo, com a qual conta com a colaboração de todas as empresas varejistas, sejam elas de pequeno, médio ou
grande porte. “Não importa o tamanho do comércio: todos podem criar projetos que aliviem os impactos socioeconômicos na natureza”, salienta.
CONVERSA COM O MERCADO
Show do Pintor & Pinturas: Muitos comentam
que com o Super Simples o mercado teve o
completo conhecimento de como as taxas são
altas, mas que com isso seria possível ter ba-
ses mais consistentes para lutar pela diminui-
ção das tributações.A Fecomercio compartilha
essa opinião? Existe algum trabalho que bus-
ca auxiliar o varejo nessa questão?
Abram Szajman: A tributação no Brasil vem
crescendo sistematicamente há 20 anos, fa-
zendo o nosso país fgurar entre aqueles que
possuem umas das maiores cargas tributárias
do mundo. Essa realidade acaba por gerar um
forte desestímulo ao investimento produtivo,
à geração de empregos e à competitividade
Em busca da racionalidade e simplicidade
Maristela Rizzo
das empresas brasileiras. Nesse contexto, a
Fecomercio entende que o sistema tributário
nacional deve passar por uma reformulação,
de forma a contemplar a simplicidade e a ra-
cionalidade, contribuindo para a redução dos
preços e promovendo a distribuição de renda
em benefício dos menos favorecidos. É preciso
também criar condições para uma drástica re-
dução da informalidade. A reforma tributária
defendida pela Fecomercio observa os prin-
cípios da efcácia, neutralidade, eqüidade,
competitividade e simplicidade. Objetiva
também a racionalização das despesas do
governo. Ela consta do livro “Simplifcando
o Brasil”, que reúne as conclusões de uma
série de debates realizados pela Fecomer-
cio. A reestruturação do sistema tributário
nacional tem sido uma de nossas principais
bandeiras em defesa dos interesses não
apenas do setor comercial e de serviços,
mas de toda a economia brasileira.
Show do Pintor & Pinturas:A adesão ao Super
Simples foi total ou houve rejeição por alguma
fatia do pequeno varejo?
Szajman: Apesar de algumas distorções ge-
radas pela Lei Complementar nº 123/06, que
instituiu o Super Simples, constatamos que
houve uma grande adesão por parte de micro
e pequenas empresas do comércio, em espe-