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do tem que fazer uma reposição, troca ou ma-
nutenção destes equipamentos”.
Gabriel Da Poian, diretor da Multimaq, afrma
que o baixo custo dos produtos chineses foi
um atrativo inicial aos consumidores. “Mas
com o passar do tempo, a percepção das di-
fculdades em encontrar peças de reposição,
juntamente com o baixo desempenho, am-
pliou o interesse por pistolas fabricadas na-
cionalmente, as quais apresentamqualidade e
desempenho superior, aliadas com a facilida-
de de acesso às peças de desgaste. Cada vez
mais, a relação custo-benefício é o fator crítico
da compra”.
André de Schuch d’Olyveira, diretor presidente
da Tornado, ressalta a expressão americana
“you have what you pay for” (você temaquilo
que você paga). “É claro, que com o real va-
lorizado e a facilidade de importação existem
produtos melhores e mais baratos em todas
as áreas, mas o melhor preço nunca é o que
lhe traz as maiores vantagens. Eu acredito
que para ter um bom custo-benefício a pis-
tola tem que ter uma durabilidade razoável,
proporcionar uma economia de tinta e dar um
acabamento aceitável na pintura, com valor
intermediário. Também é importante verifcar
se o importador possui peças de reposição a
pronta entrega, e ainda saber o preço destas
peças”.
Já Carlos Alberto Simões Craveiro, diretor co-
mercial da Mairless, destaca que no Brasil o
preço não é considerado como um item de
produto e, sim, o fator primordial para a de-
cisão na compra. “Nossa empresa considera
que o preço é um componente de produto, por
isso procuramos oferecer o melhor custo-be-
nefício em nossos produtos. Só trabalhamos
com equipamentos adequados à aplicação do
produto que o cliente nos apresenta”.
Tendências
Atualmente, o mercado quer investir em pro-
dutos que proporcionem um aumento de pro-
dução, pois existe uma enorme escassez de
mão de obra.“Se um equipamento de pintura
proporciona um incremento substancial na
produção, sem a necessidade de se contratar
mais funcionários, ele tem compradores ga-
rantidos. Qualquer produto que proporcione
uma economia de tempo, que seja mais ami-
gável da natureza, e que tenha uma fácil ma-
nutenção, venderá mais”, acredita Olyveira,
da Tornado.
Na opinião do engenheiro Edson Ferreira, di-
retor comercial da Tecnoavance, no mercado
altamente globalizado, onde a Tecnoavance
está inserida, a busca pela qualidade do aca-
bamento aliado à redução de custo no pro-
duto acabado tem sido determinante para a
aquisição de equipamentos. “Somaria ainda
neste contexto uma expressiva busca pela
automação, visto a excessiva carga tributária
que ainda persiste na aquisição de bens e na
mão de obra”.
Mariussi, da Adal Tecno, afrma que a tendên-
cia no segmento de pintura é a automação.
“Com o mercado aquecido, as empresas
aumentam sua produção. A pintura é prati-
camente o fnal de uma linha de produção
(faturamento), assim não pode ser o gargalo
da linha. Com isso, a maioria das empresas
está buscando a automação de suas linhas de
pintura para agilizar o processo”.
Para Davys Camossi, coordenador técnico
da Maxi Rubber, as principais tendências são
pistolas apropriadas para aplicação de tintas
base água. “Estas apresentam maior trans-
ferência de produto, pressão de ar reduzida,
maior durabilidade e melhor acabamento”.
Gabriel Eduardo Rajsfus, diretor daTechnoS-
pray, explica para identifcar as tendências,
primeiramente, é necessário segmentar os
mercados e as aplicações. “No setor naval,
off-shore (plataformas de petróleo, etc.) e
tanques de armazenamentos de combustí-
veis a tendência em função dos novos re-
vestimentos de alto sólidos é a utilização de
equipamentos airless bicomponentes com
relação de pressão acima de 68:1, e equi-
pamentos airless com relação de pressão
100:1. A TechnoSpray está preparada para
atender este segmento após a realização
de investimentos em pesquisa e desenvol-
vimento e produção destes equipamentos.
No setor de construção civil, em função da
falta de profssionais, cada vez mais a aqui-
sição de equipamentos airless para pintura
e aplicação de massa corrida está sendo
requisitada pelas construtoras e pelas em-
presas de pintura e acabamento. Tivemos
no ano passado um aumento de 30% neste
setor. A TechnoSpray está atenta nas obras
do “Minha casa, minha vida, Copa e Olim-
píadas. Já no setor de autopeças cada vez
mais há uma necessidade de automação de
sistemas para se lograr uma qualidade su-
perior e permanente. A tendência é utilizar
cada vez mais equipamentos de mistura au-
tomática de tinta. Em geral, há uma procura
na melhoria dos sistemas de pintura hoje
utilizados nos demais setores da indústria”.
Medeiros, da Arprex, destaca que as princi-
pais tendências são as pistolas HVLP (alto
volume, baixa pressão) e LVLP (baixo volu-
me e baixa pressão), pois “apresentam per-
formance e característica de se economizar
tinta com baixa emissão de VOC (Compos-
tos Orgânicos Voláteis)”.
Para Fabio Alessandro, supervisor de vendas
da DeVilbiss, a pistola HVLP-Transtec para
aplicação de tinta à base d’água e pintura
eletrostática líquida é a principal tendência
desse mercado. “Tanto na repintura como
na indústria, o usuário está aberto para no-
vas tecnologias, como o HVLP-Transtec e o
eletrostático líquido, pois além de propor-
cionar menor formação de névoa, também
geram economia de tinta”.