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conjuntura
Cenário positivo
Programas habitacionais e eventos esportivos aceleram o crescimento no mercado da construção civil
As expectativas da construção civil até o final de 2012, no Brasil, prometem agradar a eco-
nomia e os diversos setores envolvidos. Isso porque, segundo dados da Câmara Brasi-
leira da Indústria de Construção (CBIC), estima-se um crescimento de 5,2% neste ano.
As respostas para o desempenho positivo estão na proximidade de grandes eventos esportivos, entre
eles,aCopadoMundode2014easOlimpíadas em2016.Alémdisso,omercadofinanceirodopaís en-
contra-seestável e, isto, favorece investimentos emações ligadas à construçãocivil deempresasmulti-
nacionais, interessedebancose fundosdepensõesestrangeiros.ParaaAssociaçãoPóloDecorArte,que
reúneprofissionaisdaáreadeconstruçãocivil,existem,também,outrosfatoresquejustificamoaumen-
to desta área.“A facilidade de financiamentos,
o retorno do investimento commargem de lucro,  o alto nível de emprego gerado e, principalmente,
o crescimento salarial dos trabalhadores”, explica o presidente daAssociação, José Roberto Pinhatt.
Além destes, os programas do governo, como o “Minha Casa Minha Vida” e o PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento), refletem positivamente no setor da construção. “Depois que surgiram
estes programas, conseguimos um aumento de 30% nas construções”, comenta José Roberto.
Estestiposdeempreendimentosfacilitamasoportunidadesparapequenasemédiasempresasdecons-
truçãocivil-emmédiasão170milempresasformaisexistentesnopaísquemovimentamcercadeR$224
bilhões por ano,oqueequivalea8,3%doPIB (Produto InternoBruto) dopaís,segundodados daCBIC.
Vendas de material de construção crescem 15% em março
Em média, a região nordeste aumentou o volume de vendas em
18%, norte e sudeste 15% e o centro-oeste 13%
Omês de março foi positivo para o varejo de materiais de construção. Isto
foi o que revelou a pesquisa mensal realizada pela Anamaco com lojistas
de todo o País. De acordo com o estudo, o segmento cresceu 15% em
relação a fevereiro e 16% em relação a março do ano passado.
Para a pesquisa, foram realizadas 500 entrevistas com varejistas de to-
das as regiões do País. 44% dos lojistas entrevistados venderam mais
este mês. 70% dos lojistas mantiveram ou aumentaram o seu volume de
vendas. A maioria dos lojistas no sudeste, centro-oeste, norte e nordeste
cresceu. Em média, a região nordeste aumentou o volume de vendas em
18%, norte e sudeste 15% e o centro-oeste 13%. Tiveram destaques os
segmentos de fechaduras e ferragens (13%), interruptores (10%), portas
e esquadrias de alumínio (8%) e lâmpadas fluorescentes (7).
“O mês de março é um período de retomada de obras, pois janeiro e fe-
vereiro costumam ser um período em que as pessoas estão em férias ou
viajando”, explica Cláudio Conz, presidente daAnamaco. “Com a criação
da nova linha de crédito de financiamentos -Fimac- com os fundos do
FGTS, a entrega de obras antes das eleições e as preparações para os
super eventos- Copa doMundo e Olimpíadas, a tendência é que este cres-
cimento se mantenha; a desoneração do IPI até o final do ano também
vai ajudar a manter as vendas aquecidas”, acrescenta.
A pesquisa estima ainda um crescimento para abril de 11%, com aumen-
to no volume de vendas por todas as regiões. E os lojistas continuam oti-
mistas. 61%deles acreditam que continuarão crescendo no próximo mês.
O aumento no volume de vendas esperado por eles é de, emmédia, 17%.
Em 2011, o varejo de material de construção cresceu 4,5%, atingindo um
faturamento total de R$ 52 bilhões.