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também ajudou o consumidor a aumentar
seu poder de compra, permitindo a aquisi-
ção de um mix mais completo de produtos
que facilitem e proporcionem melhores re-
sultados”, destaca.
Michele Rauseo Abendt, supervisora de
vendas da Mastflex, aponta que o mer-
cado nacional de selantes vem crescendo
muito anualmente: “O aquecimento nes-
se setor vem junto com o avanço tecno-
lógico nos processos de produção fabril e
também com o avanço e modernização da
construção civil no Brasil.”
Para Dirley Fonseca, gerente comercial da
Aeroflex, o mercado de adesivos e selantes
vem apresentando uma forte expansão nos
últimos anos “em virtude, principalmente,
do crescimento de três dos setores que
mais cresceram na economia brasileira:
automobilístico, construção e indústria de
embalagens. O aumento do poder aquisiti-
vo da população brasileira e o crescimento
das vendas de bens de consumo também
impulsionaram o mercado.”
TECNOLOGIA E EFICIÊNCIA
A qualidade, a tecnologia, a eficiência e o
custo dos selantes têm melhorado muito
nos últimos anos. Fonseca, da Aeroflex,
analisa que o desenvolvimento do mer-
cado pede novas soluções para serem
usadas em novos produtos: “Temos que
levar em conta os desdobramentos de
novas tecnologias da química, substitui-
ção de processos mecânicos de junção
por colagem, o aumento de eficiência nos
processo de aplicação, a colagem de no-
vos materiais, o desenvolvimento de pro-
dutos novos e o atendimento a requisitos
legais. O domínio das informações e a o
conhecimento das tendências tecnológi-
cas se tornam uma poderosa ferramenta
de competitividade”, afirma o gerente.
Na opinião de Martins, da Weber Saint
Globain, hoje, a realidade é que a maior
parte dos selantes vendidos no Brasil pro-
vém de fabricantes externos, em função de
sua tecnologia produtiva já implantada e
consolidada, aliada com custos altamente
competitivos, o que não incentiva a pes-
quisa e produção do mercado local.
Berreta, da AkzoNobel, destaca que o mer-
cado deve se voltar cada vez mais para
as soluções sustentáveis e para produtos
que aumentem a eficiência e produtivi-
dade, “principalmente quando falamos
do mercado de construção civil. A marca
Sparlack, por exemplo, está atenta a essas
tendências e, nos últimos dois anos, vem
apostando em lançamento de produtos
base água”.
Para Michele, da Mastflex, o investimento
em tecnologia para selantes no Brasil é as-
cendente. “Justifica-se esse aumento com
os avanços tecnológicos e otimização nos
processos de produção, tendo as empresas
de selantes que se adiantar a esses avan-
ços para oferecer sempre soluções viáveis,
de qualidade e eficazes”, observa a super-
visora.
Setti, da Viapol, aponta que com os avan-
ços no desenvolvimento tecnológico dos
produtos, estes e outros itens estão apre-
sentando, ao longo do tempo, mais vanta-
gens e melhor desempenho, “o que amplia
a gama de aplicação dos mesmos. Além
disso, novas fórmulas tornam os produtos
mais fáceis de aplicar”, detalha o gerente.
VANTAGENS E CUSTO
Os adesivos, colas e selantes estão pre-
sentes em todos os segmentos da eco-
nomia e, por isso, têm seu desempenho
atrelado diretamente ao desempenho
desses setores. Atualmente, esse mercado
representa em torno de 2%do PIB no Brasil.
Segundo Fonseca, da Aeroflex, a ten-
dência desse segmento é continuar se
expandindo cada vez mais, “porém, por
outro lado, é um setor segmentado, com
destaque para o setor da construção ci-
vil, que pode representar em torno de
50% das vendas de adesivos, colas e se-
lantes, além dos setores automotivo, de
embalagem, calçadista, da indústria em
geral, incluindo a moveleira, e o merca-
do de consumo”, assegura o gerente.
Setti, da Viapol, avalia que os selantes
são altamente eficientes na adesão de
diversos substratos e atendem as atuais
exigências dos mais diversos sistemas
construtivos: “Vale destacar que com
o desenvolvimento de novos materiais
de construção no decorrer dos anos, tais
como plásticos, painéis de gesso, espumas
isolantes, painéis de madeira e muitas no-
vas matérias-primas sintéticas utilizadas