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PERSONALIDADES - perfil em cores
“A cor dessa cidade sou eu. O canto dessa cidade é meu”
Daniela Mercury destaca sua trajetória dentro da música
brasileira, e mais: diz tratar as cores como um lema de vida
Por Nany Cardoso
Fotos: Mano de carvalho
“A cor dessa cidade sou
eu. O canto dessa cidade é
meu.”É nesse hit de axé que
a cantora, dançarina e com-
positora Daniela Mercury de
Almeida Póvoas compõe e
encara sua vida “badala-
da” de agendas lotadas de
eventos, espetáculos e sho-
ws pelo mundo inteiro.
Nascida no dia 28 de julho de 1965, em Salvador, Bahia, a artista começou
a se dedicar ao canto aos 13 anos de idade. Iniciou como integrante da ban-
da «Cheiro de Amor», de Gilberto Gil; como artista solo, seu primeiro disco,
«Swing da cor», lançou seu nome no mercado e nas paradas de sucesso; em
1994 seu disco «Música de rua», com as composições «Alegria ocidental» e
«Tem amor», ambas com Liminha, alcançou 500 mil cópias; em 1996 lançou
o disco «Feijão com arroz», destacando-se a «À primeira vista», de Chico
César; em 1997 participou da coletânea «Tropicália 30 anos»,  com Caetano
Veloso, Gilberto Gil,Tom Zé,MargarethMenezes, Carlinhos Brown, Gal Costa,
Asa de Águia, Armandinho, Pepeu Gomes e outros, tendo interpretado «Ale-
gria, alegria», de Caetano Veloso. Em 1999 fundou o trio elétrico Trio Techno,
que em todo carnaval percorre o trajeto Barra/Ondina seguido por multidão.
Como não poderia ser diferente, é baiana “arretada”: Daniela Mercury é
considerada, hoje, como artista com alto grau de profissionalismo, pois tem
sabido conviver com suas facetas de cantora, compositora e empresária. Já
vendeu mais de 11 milhões de discos e tem feito inúmeras temporadas nos
Estados Unidos, Europa e nas principais cidades brasileiras, além de cons-
tantes aparições na televisão, inclusive presente no encontro Rio + 20 como
embaixadora da Unicef.
Daniela Mercury é reconhecida por seu grande engajamento social, onde há
pouco tempo foi madrinha de um projeto social, na cidade de João Pessoa,
ação socioambiental que renova com cores e tintas comunidades de diferen-
tes regiões do País. A cantora acredita no poder que a cor tem para transfor-
mar a vida das pessoas e reforça esse conceito: “As cores se manifestam em
festa, em luz, em alegria, em saudade, em louvações, assim como a música,
que nos remete a intenções, paixões e fazem conexões entre nós e nosso
sentimento”, apregoa Daniela.
Durante os intervalos dos compromissos “a rainha do axé”ainda se arris-
ca e compõe poemas, como essa estrofe “quentinha”, em primeira mão:
“As cores são como os amores,
como os sabores,
como os cheiros,
como os afetos.
Elas fazem parte de nós,
elas são as nossas expressões tentando imitar o criador!”