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que as tintas de alto rendimento já são uma
realidade no mercado brasileiro. Segundo ele,
com a atenção do consumidor cada vez mais
voltada para redução nos custos finais, essa
categoria de produto tem atingido gradati-
vamente um crescimento acima da média de
mercado.
Angela Chapper, gerente de marketing da Fu-
tura Tintas, observa que “quando compramos
uma tinta, compramos automaticamente um
sonho e imaginamos um ambiente decorado,
aconchegante e com o nosso estilo e persona-
lidade. Quando isso não ocorre, a decepção é
muito grande, então a exigência pela qualida-
de é constante e é justamente nesse aspecto
que se diferenciam as indústrias”, assegura.
Conforme a gerente, para o consumidor o
maior obstáculo são produtos de baixa qua-
lidade oferecidos por algumas empresas
que não trabalham em conformidade com
as normas e padrões mínimos de qualidade:
“Por esse motivo recomendo que o consu-
midor, o lojista e os profissionais do ramo
fiquem atentos à composição do produto e
às marcas que estão em conformidade com
os padrões ABNT.A relação das indústrias, em
conformidade pode ser encontrada no site da
Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas
(Abrafati)”, completa.
AdilsonArruda, gerente de laboratório de pes-
quisa e desenvolvimento da Suvinil, aponta
que, hoje em dia, os consumidores contam
com parâmetros mais claros de avaliação das
tintas, além da orientação de profissionais
melhor qualificados, tanto na revenda, quan-
to na execução da pintura: “A evolução do
mercado de tintas brasileiro resulta em uma
crescente demanda do público por orientação
e esclarecimento técnico, o que o torna mais
exigente e atento.”
CUSTO X BENEFÍCIO
O consumidor busca a
cada dia mais por produ-
tos de maior valor agre-
gado. Hoje, além disso, ele
procura também produtos
que ofereçam soluções
para problemas específi-
cos ou tintas que ofereçam
mais rendimento.
Flavio Ricardo de Almei-
da, engenheiro químico da
Vanblaster, assegura que o
consumidor está aprenden-
do que suas necessidades
precisam de qualidade, solu-
ção e baixo custo, “apenas a
junção de expectativas o leva
diretamente à compra que lhe
traz satisfação, e o fabricante,
agregando ‘valores’ ao produto,
torna a compra simplesmente a melhor. Pode-
mos avaliar o mercado em função do cresci-
mento de opções que o público consumidor
vem recebendo, e sem dúvidas rendimento
associado à qualidade é tudo que se deseja”.
Franzão, da Sherwin-Williams, aponta que a
classe C, que aumentou consideravelmente no
País, já procura por produtos com mais bene-
fícios e atributos onde o rendimento tem um
papel muito importante, pois influencia o bol-
so das pessoas e oferece uma vantagem clara
de custo e benefício: “Ainda estamos passan-
do por um processo de maturidade para isso.
Os consumidores de maior poder aquisitivo e
aqueles mais preocupados com performance
e preservação da saúde e ambiente já estão
mais preparados para consumir produtos de
maior valor agregado, mas grande parcela da
população ainda está no processo de desco-
berta de que a tinta é importante para preser-
vação do imóvel e também como renovação,
qualidade de vida, valorização, beleza etc.”
Segundo Suyanne Tavares, coordenadora de
produto da Hidracor, com o aquecimento da
construção civil há uma expectativa de cres-
cimento desse produto no mercado corpora-
tivo: “É um segmento bem diferenciado das
demais linhas de produtos, por ser inovador,
pois possui atributos de alto rendimento e
ótimo poder de cobertura, apresenta melhor
relação entre custo e benefício, o que acaba
atraindo muito mais o consumidor, tornando-
-se o atrativo principal para construtoras que
querem praticidade, produtividade e agilidade
na sua obra e sucessivamente obtendo-se um
custo menor.
Kroschinsky, da Irajá, destaca que existem
produtos que garantem mais de 25 metros
quadrados por demão por litro de tinta
aplicada e as diluições chegam a 80% de
água. Com as novas tecnologias de produto
e processo, consegue-se conciliar cada vez
mais qualidade e economia. “Ainda não ob-