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baixo VOC e base água tendem a ocupar este
espaço e apresentar crescimento gradual nos
próximos anos. Principalmente nos mercados
de maior renda (classe A) ou para segmentos
corporativos (office) há uma parcela maior de
exigência com relação aos produtos de menor
impacto ambiental e no que tange à saúde
ocupacional, pois avaliam suas ações institu-
cionais, no caso dos corporativos, e o custo be-
nefício para o mercado consumidor de renda
mais elevada”, detalha Chiea.
Rosita Manoel Luciano, gerente de pesquisa
e desenvolvimento da Resicolor, aponta que
o noticiário nacional, em relação a previsões
dos impactos ambientais no planeta podem
ser bastante impactantes: “Cria uma expecta-
tiva de mudança no perfil do consumidor em
relação a preocupação ambiental e segurança
operacional. Desta forma, a tendência é uma
crescente na produção de produtos base água
e com baixo teor de compostos orgânicos vo-
láteis, que ajudam a respeitar o meio ambien-
te, minimizar a poluição do ar e reduzir os pro-
blemas de alergias e desconforto do aplicador
ou do usuário final da tinta”, explica Rosita.
Eginaldo Franzão, gerente de produtos da
Sherwin-Williams, diz que nos últimos anos o
consumidor tem ficado mais exigente em rela-
ção à qualidade de vida envolvendo questões
como construções verdes, produtos que não
agridam o meio ambiente e, principalmente,
que não agridam os usuários e proporcionem
maior conforto no processo de pintura.“O nível
de exigência para produtos menos agressivos
é muito alto e faz com que os fabricantes in-
vistam, cada dia mais, para criar produtos com
menor agressividade e alta performance. Um
exemplo são as diversas construções que bus-
cam certificação LEED e que exigem o uso de
produtos commenor nível de agressão aomeio
ambiente. O consumidor tem exigido cada vez
mais produtos sustentáveis que possam agre-
gar conforto e qualidade de vida.O consumidor
não aceita mais uma tinta que apresente forte
odor tanto no processo como após a pintura.
Temos que estar atentos a todas as necessi-
dades e desenvolver produtos com benefícios
claros e reais”, ressalta Franzão.
José Alves, consultor técnico da Solventex,
afirma que a grande evolução no setor de
tintas baseia-se na prática do desenvolvi-
mento sustentável, que demanda a criação
de projetos e pesquisas que contribuam para
o desenvolvimento de produtos químicos eco-
logicamente corretos para geração de menos
resíduos e redução da emissão de compos-
tos orgânicos voláteis. “A cada dia notamos
mais esta  exigência, os consumidores estão
preocupados com o meio ambiente. Através
da mídia, o conceito de sustentabilidade vem
sendo difundido no Brasil, refletindo no com-
portamento do consumidor e da indústria bra-
sileira, que vem se adequando, visando não só
atender o consumidor, mas também preservar
omeio ambiente e torná-lo cada vez mais sus-
tentável.”
Para Regiane Ferreira de Matos, química e
gerente de fábrica da Fortcolor, com a neces-
sidade de se utilizar cada vez mais produtos
“ecologicamente corretos” a evolução das
tintas de baixo VOC tem atingido uma repre-
sentação significativa na atualidade: “A cons-
cientização dos consumidores e dos fabrican-
tes de tintas tem motivado o surgimento de
produtos com baixo teor de solventes ou até
mesmo a substituição parcial ou total deste
item por água. Hoje, as pessoas estão mais
preocupadas com o que precisam fazer para
não poluir o meio ambiente e, principalmen-
te, em como se proteger para não consumir
produtos que possam prejudicar a si próprios.
Além disso, as exigências das legislações vi-
gentes têm se intensificado, fazendo com que
o produtor e o consumidor fiquem atentos
em estar produzindo e consumindo itens que
atendam aos padrões exigidos no mercado”,
salienta a química.
O MERCADO
O Brasil está avançando, porém, ainda lenta-
mente no quesito tintas com baixo VOC. De
acordo com Kroschinsky, da Irajá, em um fu-
turo bem próximo o mercado brasileiro come-
çará a enxergar as oportunidades e a valia dos
benefícios que esses produtos ecologicamente
corretos podem trazer para o País. “O Brasil
ainda está descobrindo o prazer do bem-es-
tar na hora da reforma. A Europa e Estados