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emissão e geração de resíduos no Brasil, a demanda por tintas base água
e por processos com baixa emissão de VOCtem aumentado ano após ano.
“A sociedade, hoje, está mais preocupada com os danos ao meio ambien-
te e já começou a solicitar este tipo de produto, independentemente das
legislações existentes. Além da preocupação com o meio ambiente, as
oficinas que aderiram ao processo base água conseguem obter inúmeras
vantagens, como melhora na qualidade de vida dos funcionários, maior
agilidade na reparação dos veículos, baixo custo na implementação do
sistema etc. A tendência é que o sistema base água cresça cada vez mais
no Brasil e se torne obrigatório, assim como é na Europa e nos Estados
Unidos.”
A gerente ressalta ainda que esse conceito de pintura base água será
cada vez mais aceito e implementado pelas oficinas de reparação e pin-
tura. “Com o tempo, através de demonstrações e treinamentos, o receio
em relação a essa nova tecnologia diminuirá e deixará de existir qualquer
preconceito sobre esse tipo de produto”, observa Cássia.
Para Fabio Alves Rodrigues, coordenador de serviços ao mercado e assis-
tência técnica da PPG, o crescimento do segmento de tintas base água na
reparação automotiva é um fato irreversível e deve substituir a pintura à
base de solventes. “Hoje, a participação ainda é pequena quando com-
parada a outros continentes, apesar de haver a mesma disponibilidade
de produtos e equipamentos globais. É uma tecnologia que está sendo
descoberta pelos reparadores no Brasil e que vem se difundindo ano após
ano. Nosso sistema base água, por exemplo, já se encontra em sua tercei-
ra geração, após pesquisas e desenvolvimento do produto.”
Na opinião de Jaime Vieiro, diretor da Stardur, ao longo dos anos o seg-
mento de tintas base água na reparação automotiva vem se difundindo
cada vez mais e já faz parte da conscientização das montadoras, conces-
sionárias e oficinas profissionalizadas que crescentemente buscam por
produtos à base de água e alto teor de sólidos: “Todos estão buscando,
além de qualidade e produtividade, a baixa toxidez e emissão de VOC no
planeta. Estamos seguros de que o futuro das tintas para a reparação
automotiva está na tecnologia à base de água, por isso oferecemos ao
mercado o que existe de mais inovador em tecnologia para produtos base
água”, garante Vieiro.
Já para Rodrigo Soares, coordenador de produtos para a América Lati-
na da Sikkens-AkzoNobel, as tintas base água têm grande potencial de
crescimento no mercado brasileiro de repintura automotiva, no entanto,
alguns fatores ainda inibem a evolução do consumo desse tipo de tinta,
tais como o desconhecimento da simplicidade do sistema por parte de
muitas oficinas e a falta de estrutura adequada das próprias oficinas,
principalmente condições de cabine e linhas de ar, para utilizar o produto.
Soares aponta ainda que, apesar de já existir uma forte conscientização, cer-
tamente o aumento da demanda de produtos à base de água está totalmente
relacionado à implementação de uma legislação mais rígida sobre a emissão
de VOC. “A procura por produtos base água está cada vez maior devido a des-
mitificação do conceito que se tinha no passado no mercado brasileiro de que
a mudança de solvente para água seria muito considerável com relação aos
custos dos materiais, bem como a aquisição de equipamentos ou mudanças no
leiaute das oficinas”, compara o coordenador.