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Outra atitude da empresa foi elaborar uma
ação de merchandising com as embalagens
do Graffato, além de trabalhar em parceria
com clientes nas palestras e cursos, incen-
tivando o “faça você mesmo”. “Em alguns
negócios chegamos a desenvolver catálogos
cooperados e cores personalizadas.”
Na parte de novidades em produtos, Munhoz
informa que apesar de estar prevista a apre-
sentação de novidades nesta categoria, ainda
não pode divulgar exatamente o que é. “Só
posso adiantar que se trata de algo realmente
inovador”, fnaliza.
Os refexos da crise também foram sentidos
pela Solventex, que percebeu retração das
compras por parte das revendas, principal-
mente entre os meses de outubro, novem-
bro e dezembro. Nesse período os clientes
da empresa se mostraram mais preocupa-
dos em vender os produtos que tinham em
loja, utilizando o estoque do fornecedor, do
que fazer seu próprio estoque, muitas vezes
comprando produtos cuja venda já estava
assegurada. Mas, conforme o mercado foi
se aquecendo, as vendas retomaram o seu
patamar habitual.
No fnal de 2008 a empresa vivenciava um
cenário atípico. Devido à retração do merca-
do, o nível de negócios no período diminuiu
naturalmente, como ocorreu em todos os ou-
tros setores. Até o mês de setembro, o índice
de crescimento mensal era o esperado pela
empresa, porém, nos últimos meses, quando
comparado ao mesmo período de 2007, per-
maneceu estável. Para Graziella Olio, supervi-
sora de marketing da empresa, em períodos
como este a melhor forma de manter o nível
das vendas é fdelizar os clientes e estabele-
cer parcerias. “Para isso, trabalhamos muito
em atendimento, relacionamento com os
clientes, serviço personalizado de assistência
técnica e ações no PDV”.
Foi seguindo essa fórmula que a Solventex
conseguiu no ano passado manter o mes-
mo nível médio de crescimento na linha de
texturas apresentado nas demais linhas de
produtos imobiliários da fabricante. “Apesar
da retração as vendas aconteceram e isso
nos dá perspectiva de bons negócios em
2009”, estima.
Para atingir essa meta, a empresa empregará
esforços tanto na parte de produtos como no
marketing de fortalecimento de marca.
Dentro da linha de produtos, o destaque neste
ano são os materiais tingidos, disponíveis nas
cores amarelo terra, laranja, verde kiwi, ver-
tre – a fabricante teve excelentes índices de
vendas, batendo 2007.
“Estamos passando junto com nossos reven-
dedores por esse complicado momento do
cenário mundial. Certamente o Brasil tem
uma boa estrutura e poderá passar por este
momento sofrendo menos consequências,
mas as sentirá sem dúvidas”, analisa Palo-
ta, concluindo que, dessa forma, a empresa
tem criado verdadeiros elos com os clientes,
auxiliando-os naquilo que for necessário e
criando regularmente oportunidades para
aumentar as vendas.
Independentemente de crise, as texturas e
texturados, de um modo geral, já apresentam
na Sulan um crescimento vegetativo, acompa-
nhando o crescimento médio anual da empre-
sa, que em 2008 foi da ordem de 15%. Isso
não impede que a empresa invista em novos
desenvolvimentos, tanto que no segundo se-
mestre de 2009 o mercado tomará conheci-
mento de umaprimoramento nos produtos de
textura da marca Sulan.
A repercussão da crise também exigiu cautela
por parte da Iquine, que por atuar de forma
pulverizada, atendendo a clientes de peque-
no, médio e grande portes, percebe mais
facilmente qualquer retração no mercado
diretamente em suas vendas. Como isso
provocou acréscimo no índice de inadim-
plência e queda na demanda por tintas, a
empresa optou por recompor os estoques
e ajustar algumas questões internas. “Esta-
mos cautelosos, aguardando uma possível
reação do mercado a partir do segundo
trimestre. Aí, sim, poderemos desenvolver
algumas ações para recuperar as perdas
deste primeiro trimestre”, relata Leonardo
Vasconcelos, gerente nacional de vendas.
Essa cautela não será transportada para a
área de marketing da empresa, que manterá
sua postura de ser a companhia que mais in-
veste em ações de merchandising nos PDVs
melho brik, amarelo vanilla e azul anil. “Eles
são uma opçãomais econômica emais prática
para o consumidor, pois dispensam o uso do
gel envelhecedor para colorir as paredes em
que a textura foi aplicada”, explica Graziella.
Rodrigo Palota, diretor-geral da Sulan, obser-
vou essa mesma retração dentro do mercado
de revendas. De acordo com ele, existe um
consenso geral entre os lojistas de que há a
necessidade de cautela, principalmente no
quesito estocagem de produtos. Mesmo as-
sim, a empresa só começou a sentir o efeito
psicológico da crise em janeiro deste ano, pois
nos meses de novembro e dezembro – a em-
presa sempre analisa o mercado pelo bimes-