Revista Paint & Pintura - Edição 274

ARTIGO 6 | PAINT&PINTURA Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Vários são os fatores da instabilidade global que influen- ciamos mercados dos emergentes e são insistentemente discutidos no setor químico, em particular em tintas e negócios adjacentes. As dimensões da inflação global, particularmente no he- misfério norte e suas tentativas de contenção acabampor impactar a inflação e custos do dinheiro em países como o Brasil. Por consequência, a relação do dólar e moedas dos países importadores temcomportamentos distintos. A desaceleração da China e eventos como a guerra na Ucrâ- nia acabamprovocando oscilações das disponibilidades de insumos assim como seus custos logísticos. Os países reagem diferentemente conforme sua liquidez e balança de pagamentos. Numa perspectiva de médio/ longo prazos as retomadas serão entre países diferentes na intensidade e no tempo. Todavia, os desafios do foco na produtividade e susten- tabilidade continuarão demandando compromissos dos negócios de tintas na rota da criação de valor. No ano umda pandemia, o share of wallet das tintas arqui- tetônicas concentrou-se no consumo de reformas. Para o segundomomento das crises geopolíticas, os projetos de médio e longo prazos tomaramcorpo reativando também os segmentos industriais que alimentam as cadeias dos elementos de construção. Outros segmentos tambémcontinuamfocados na procura da proteção de margens que favoreçam as retomadas de longo prazo. Em patamares acanhados, os segmentos automotivos de montadoras estão se movimentado para segmentos de veículos de valor agregado mais alto, alavancando os mercados de reposição e repintura. Os indicadores do PIB de agronegócios indicamcrescimentos para 2022-2023 acima dos patamares de 2018-2019, moti- vados pelo favorecimento na escassez de commodities. As incertezas e volatilidades em escalas globais estabele- cem desafios de sustentação de volumes conservadores e retomada para além de 2023. A saúde das margens em todos os segmentos de tintas tornou-se rota prioritária na preser- vação da cadeia de valor. As diversas iniciativas na cadeia de valor de tintas se entrelaçam, pois o mercado tem evoluído por causa das recentes crises globais e as regionais de décadas. AS TECNOLOGIAS GLOBAIS COM ESTRATÉGIAS REGIONALIZADAS A oferta de produtos e serviços, o aumento e acesso ao conheci- mento tem se alterado profundamente na última década. O custo da mão de obra não é mais o único parâmetro competitivo, mas o grau de automação na cadeia de suprimentos definem as decisões de compras e vendas na indústria. Com as novas prioridades na cadeia de valor, como a necessidade de proximidade ao cliente, o time-to-market começam a deman- dar de tintas novos modelos de negócios e alianças na cadeia de suprimentos. Uma das modificações claramente identificadas na indústria de tintas que se consolida com muita rapidez é a regionalização de serviços e tecnologias, e automação localizada, provocando o aparecimento da cadeia de suprimentos de insumos regionalizadas. As tecnologias temdesenvolvimentos globais, mas tem também estratégias regionais. Os recursos de Pesquisa & Desenvolvimento com tecnologias globais ao longo da cadeia de tintas tendemser regionalizadas, onde as indústrias regionalmente se tornam montadoras de fórmulas e soluções em plataformas globais de tecnologias. Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, sócios- fundadores da Rácz, Yamaga & Associates NOVAS PRIORIDADES NA CADEIA DE VALOR DE TINTAS

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