Show do Pintor Profissional - Edição 168 - page 9

SHOWDOPINTOR•NOVEMBRO 16
9
industrializadaeem formademisturasaplicadas
em pinturas, formando um revestimento imper-
meável”, explicaSerafim, daViapol.
Já quanto aos flexíveis, devido à elasticidade, a
aplicação é indicada para estruturas mais sujei-
tasamovimentações, vibrações, isolaçãoevaria-
ções térmicas (dilataçõesecontrações). “Seuuso
é recomendado para lajes (térreo e cobertura),
banheiros, cozinhas, terraçose reservatóriosele-
vados. São comercializados em formademantas
aderidasounãoàestruturae commisturasmol-
dadasno local.”
PINTURAPROTEGIDA
Muitos imóveis novos, principalmente aparta-
mentos pequenos, são entregues com a cozinha
eobanheiropintados, nãoazulejados. O regula-
mentoda
(ABNT)obrigaqueoboxdobanheiroeaárea
da pia da cozinha receba cerâmica; já o restante
pode ter outro revestimento, como a pintura,
por exemplo. Para Bruno Piepenbrink, arquiteto
parceiro da Mabex Engenharia e Construções,
a prática é segura e higiênica, mas alguns clien-
tes ficam receosos emutilizar a técnica. “No co-
meço, eles temem pelo fato de a umidade ou o
mofoestufaremaspinturas.Masumbomproje-
to faz com que essas áreas recebam luz natural
e ventilação, pois esses ambientes precisam ser
arejados e, assim, dificilmente terão problemas
de umidade. Portanto, ao conversar com alguns
clientes emostrar-lhes as propostas contidas no
projeto com pintura, explicando todos os deta-
lhes,muitos acabamaceitandoa ideia.”
O arquiteto lembra que tanto o banheiro quan-
to a cozinha tendem a criar vapormuito rápido.
Sendo assim, a aplicação da tinta deve ser se-
guida à risca, conforme a especificaçãodo fabri-
cante, sendoprópriapara resistir altasumidades
e gordura. “No mercado, há algumas tintas es-
pecíficas para cozinhas e banheiros, com ações
bactericidas capazesde repelir líquidos, comovi-
nhoe refrigerante. “Perceboquemuitaspessoas
acreditam que um banheiro e uma cozinha, por
estarem revestidos, geramumarmais higiênico.
Pelo fato de sempre serem lavados, os revesti-
mentos acumulam águanos rejuntes eo fatode
essesdoisambientesseremúmidosgerademora
na secageme cria-semofo, entrediversasbacté-
rias”, comentaoarquiteto.
CAMINHOS PARAAPROFISSIONALIZAÇÃO
Os profissionais que desejam ingressar na área
da impermeabilização precisam estar sempre
atentos àsnovidades trazidaspelomercadones-
se segmento e se aprimorar com cursos profis-
sionalizantes. CristianoMoura, diretor da Escola
Ralos precisam ser impermeabiliza-
dos?Verdade
É importante perceber que os ralos
sãonormalmenteconstituídosdePVC
ou ferro fundidoequeestão transpas-
sandouma laje (concreto), ou seja, os
coeficientes de dilatação térmica são
diferentes entre esses materiais, o
que gera comportamentos distintos
de dilatação. Daí a importância de se
impermeabilizar o ralo, fazendo com
que o impermeabilizante absorva a
variação de comportamento entre os
dois corpos e evite a percolação de
água (infiltração) nesses locais.
Lonaplásticaevita infiltração?Mito
Colocar uma lonaplásticaentrea ter-
ra e o concreto para impedir que a
água do solo suba não evita ou ame-
niza infiltrações.
Cozinhas e banheiros precisam ser totalmente revestidos com azulejos para não terem infil-
tração?Mito
Com o avanço da tecnologia da impermeabilização e com o estudo dos materiais, é possível
compatibilizaro sistema impermeabilizante comosmateriais construtivosadotados, encontran-
do-se, dessemodo, amelhor soluçãoestéticaede impermeabilizaçãoparaos diversos tipos de
obra. Um exemplo é ousodohidrofugante contra umidade, oqual auxilia nobloqueioda umi-
dadenaargamassadeparedes sem revestimentos.
AEA Educação Continuada, instituição na qual
um dos focos é a impermeabilização, enxerga
que esse mercado é promissor, pois está pre-
sente em diversos segmentos da arquitetura,
engenhariae construçãodepequenas agrandes
obras civis, além das obras de infraestrutura.
“Essa abrangência, aliada à relevância do tema,
propiciaum vasto campode trabalhoqueenvol-
ve profissionais das áreas de projeto, execução,
fiscalização, perícia e tecnologia.” Moura indica
aos profissionais quedesejam se tornar especia-
listas em impermeabilização que, em primeiro
lugar, tenham um curso técnico em edificações
ou graduação em arquitetura ou engenharia.
“Depois, pode-se realizar uma especializaçãono
tema, de forma a continuar os estudos e apráti-
ca profissional. Além disso, é precisomanter-se
atualizado, participando de cursos de educação
continuada, seminários, congressos e buscar
uma literaturaespecializada.”
O técnico da Viapol recomenda, em primeiro
lugar, que todo profissional da área tenha em
mente que a preparação da superfície é funda-
mental paraoproduto surtir o resultadoespera-
do, como permitir boa aderência do produto no
substrato. “É preciso também seguir as orienta-
çõesdo fabricanteem relaçãoà formadeaplica-
ção, consumo, tempodesecagementredemãos,
entreoutrasorientações.”
A Viapol também fornece aulas focadas em im-
permeabilização. Os profissionais da empresa
ministram aulas com técnicas de impermea-
bilização na prática aos alunos. Os cursos são,
geralmente, direcionados a novos aplicadores,
pedreiroseprofissionaisdaconstruçãoquedese-
jam se aperfeiçoar nas técnicas de aplicaçãodos
impermeabilizantesbásicos ede recuperaçãoda
construçãoeorientaçãonaaplicaçãocorretados
produtos. As aulas daAEA EducaçãoContinuada
são de atualização e aperfeiçoamento profis-
sional, de curta e média duração. “A educação
continuada se apresenta como amelhor emais
eficazalternativaparamanter-sealinhado coma
evolução. Os estudantes de penúltimo e último
ano também sebeneficiamdos cursosdeeduca-
çãocontinuada, considerandoqueagraduaçãoé
de característicamais genéricaou semdefinição
específica, havendo, assim, uma lacuna muito
grande entreos conhecimentos que transmitem
eapráticaprofissional”, contaMoura.
Verdade
Mito
1,2,3,4,5,6,7,8 10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,...24
Powered by FlippingBook