Show do Pintor Profissional - Edição 184

SHOW DO PINTOR • MAIO 18 16 GESTÃO As grandes redes de lojas de material de construção podem amedrontar o pequeno varejista, com estrutura gigantesca, leiaute chamativo e funcio- nários seguindo protocolos. Sua grande estrutura pode até ser imponente, mas não consegue tirar a intimidade que o pequeno varejista conquista com os clientes, como explica Reinaldo Pedro Correa, presidente do Sincomavi - sindicato que representa as empresas varejistas de material de construção, maquinismos, ferragens, tintas, louças e vidros. “No home center, os aten- dentes demoram mais tempo para conhecer as pessoas por nome, devido ao grande volume de clientes. Claro que, com o tempo o relacionamento melhora, mas nunca será como na loja de bairro.” Outro diferencial do pequeno é a qualidade do tempo que pode disponibili- zar com o comprador. Como o estabelecimento é menor e o relacionamento mais interpessoal, o cliente consegue explicar em detalhes suas necessida- des. “Nas grandes redes, sabemos que enquanto um vendedor está conver- PERSONALIZAÇÃO NO ATENDIMENTO COMO DIFERENCIAL GRANDES REDES DE LOJAS DE TINTAS E HOME CENTERS ESTÃO ESPALHADOS POR TODA A CIDADE, MAS CORDIALIDADE E AGILIDADE DOS ESTABELECIMENTOS MENORES SÃO DIFERENCIAIS APRECIADOS POR CONSUMIDORES sando com um cliente, já tem dois ou três esperando atendimento. O fato de a loja ser grande não significa que terá muitos funcionários para sanar as dúvidas. Na grande maioria, são poucos atendentes para suprir a demanda de tanta gente”, explica Correa. José Carlos de Araújo, CEO da Escola do Varejo Anamaco, acredita que uma das maneiras de destacar-se da concorrência é investir na loja, revitalizar o espaço com reestruturação e arrumar o merchandising. “Sabemos que agora o cliente vai em busca de conhecimento até a loja de material de construção, portanto, é imprescindível um local agradável, com uma equipe sempre atualizada e bem treinada.” Praticidade do pegue e leve Uma das vantagens do pequeno comércio é a facilidade de já sair com mer- cadoria na hora sem precisar esperar o produto sair do centro de distribui- ção. Em diversos estabelecimentos de bairro, o cliente coloca a mercadoria no carro e leva, ao contrário de vários home centers, onde a mercadoria está no estoque e o cliente precisa aguardar e, muitas vezes, pagar frete pela mercadoria. Agilidade e muitas opções Uma mesma loja atende diversos tipos de perfis de clientes, com diferen- tes necessidades e poder aquisitivo. Conforme o varejista pequeno percebe que um novo perfil está se formando no bairro, ele tem agilidade para fa- zer alterações para melhor recebê-lo, sensibilidade que muitas megalojas não conseguem ter. Por exemplo, quando um condomínio de prédio é inaugurado no bairro, a loja terá uma parcela grande de clientes jo- vens, que no início vão buscar por itens de grandes reformas, como areia e cimento, mas a tendência é que, após a grande reforma, o ca- sal retorne ao estabelecimento em busca de decoração, como tintas. É uma excelente oportunidade de iniciar o processo de relaciona- mento duradouro. Outra vantagem do pequeno varejista é a variedade de marcas. O lojista menor, muitas vezes, trabalha com uma gama maior de variedades, com quatro até cinco marcas diferentes de tin- tas, diversas opções que o grande varejista não tem. “Tem produtos para perfis diferentes de clientes, várias marcas de tintas econômi- cas, e garante a qualidade delas, só não pode trabalhar com fabri- cantes de tintas pequenos que não tenham qualidade, pois perdem a credibilidade”, aconselha Correa do Sincomavi.

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