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AkzoNobel e Instituto Tomie Ohtake restauram primeira obra pública bidimensional da artista plástica

01/09/2017 - 14:09

A AkzoNobel e o Instituto Tomie Ohtake estão entregando a São Paulo mais um marco restaurado da cidade: um painel na Ladeira da Memória. Trata-se da primeira peça bidimensional projetada pela artista plástica Tomie Ohtake, em 1984, na empena de um edifício de 17 andares, com 55 metros de altura por 25 de largura, um ponto de cor na curva que dá início à rua Xavier de Toledo, no centro de São Paulo.

Quem ultrapassa a fachada de vidro da Biblioteca Mario de Andrade se depara com um painel vibrante, que volta a ter suas cores originais, no qual predomina o contraste amarelo/azul na empena cega do edifício de escritórios. “Como costumamos dizer quando falamos de nosso projeto Human Cities (Cidades Humanas), queremos levar, literalmente, mais energia e inspiração para os centros urbanos. Restaurar essa obra, cercada pelo cinza do centro da cidade, certamente vai tornar o cotidiano de quem passar por lá mais agradável, estimulante e animador”, comenta Daniel Campos, presidente da AkzoNobel Tintas Decorativas para América Latina.

O livro Centenário da Artista, Obras Públicas de Tomie Ohtake lembra que a artista plástica sempre afirmava que há uma diferença básica entre a obra pública e a exibida em museu, ou em espaço privado, porque o espectador não entra em contato com a intenção de contemplá-la, mas se depara com a obra na paisagem urbana. “As obras públicas da Tomie dialogam com o espaço onde estão instaladas, compondo-os ou descompondo-os, ou ainda estabelecendo outras relações com o local, dialogam também com a população que convive com elas, tornando as cidades mais diferenciadas. Não à toa foi convidada tantas vezes a realizar projetos públicos”, comenta Ricardo Ohtake, arquiteto e presidente do Instituto Tomie Ohtake.

O projeto original foi feito em tela pequena, de aproximadamente 1 metro de altura, com as cores e a geometria precisas. Esse estudo possibilitou a execução da peça por pintores experientes que, suspensos a 50 metros de altura, ampliaram em 50 vezes a imagem. A sua execução foi promovida pela EMURB (arquiteto José Roberto Graciano).

A restauração utiliza 360 litros de tinta acrílica em oito tons diferentes da Coral, que, com isso, leva cores e o seu movimento Tudo de Cor à região central de São Paulo, a exemplo do que já ocorreu na parceria com o Festival Obra, em 2016, que coloriu 8 murais de mais de 40 metros, nas laterais dos prédios, com grafites de artistas nacionais e internacionais. Para esse gigante painel, as cores selecionadas, da linha Acrílico Total, são: Asteca, Mostarda em Grão, Mostarda Quente, Molho Mostarda, Azul Puro, Amor, Segredo Maia e Pimenta Cítrica. Indicada tanto para a parte externa quanto para a parte interna de ambientes, Acrílico Total possui mais resistência, cobertura e lavabilidade, além de não ter cheiro. O painel será restaurado em parceria com a Repinte Técnica em Pinturas, responsável pela mão de obra.

A artista implantou, na ampla escala urbana, um estandarte que demarca, com as vibrantes cores puras, os limites do centro histórico de São Paulo. Tomie Ohtake propôs, em sua obra, um imenso pano amarelo, que cai da metade da empena, costurado por um friso vermelho a um retalho marrom, atenuante da intensidade. A parte superior do estandarte é ocupada por um triangulo azul, cuja hipotenusa abaulada cedeu à gravidade que a impele para baixo. Surgem curvas sucessivas de amarelo-ocre a caminho da suavidade do marrom-bege. No rigor geométrico, o quadro abstrato é arrematado à direita por um friso cinza, frio e contrastante na sua neutralidade.

A restauração da obra na Ladeira da Memória faz parte de um projeto de revitalização de cinco obras da artista plástica, em uma parceria entre a AkzoNobel e o Instituto Tomie Ohtake. A iniciativa visa levar a visão original da autora, com suas obras de cores energizantes, aos cidadãos de São Paulo, Santo André, Santos e Guarulhos, tornando essas localidades mais agradáveis e inspiradoras. Já foram entregues esse ano obras revitalizadas na Avenida 23 de Maio, na capital paulista; no Paço Municipal de Santo André (SP); e no Parque Roberto Mário Santini (Emissário Submarino), em Santos (SP).

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