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Consumo de produtos químicos de uso industrial cai mais de 10% em 2018

04/06/2018 - 15:06

O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação dos produtos químicos de uso industrial, teve queda de 10,1% no primeiro quadrimestre do ano sobre o mesmo período de 2017. Os dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim também apontam que nos quatro primeiros meses do ano a produção caiu 6,56% e as importações recuaram 21,2%.

Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, os dados confirmam a desaceleração da atividade econômica nos primeiros meses de 2018, contrastando com o crescimento exibido desde o início do ano passado. “O recuo da produção e também da demanda é explicado pela redução da atividade e das compras de produtos, sobretudo do grupo intermediários para fertilizantes. Um fator positivo é que a diminuição das importações abriu espaço para os fabricantes locais, cujas vendas internas tiveram elevação de 4,54% de janeiro a abril, elevando o share do produtor local em relação ao mercado doméstico”.

A parcela de produtos químicos fabricados localmente e destinada às exportações apresentou declínio de 27,8% nos primeiros quatro meses de 2018, sobre igual período do ano passado, em parte pelo apagão ocorrido na região nordeste em março e que afetou a produção das empresas químicas da região. A diminuição da produção fez com que a utilização da capacidade instalada de janeiro a abril ficasse em 74%, quatro pontos abaixo do verificado no mesmo período do ano passado.

Após um período de 27 meses consecutivos de resultados positivos, o índice de produção inverteu o sinal em março, passando a apresentar recuo de 1,57% de maio de 2017 a abril de 2018, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. No mesmo período o índice de vendas internas cresceu 1,45% sobre os 12 meses imediatamente anteriores. Mas a diretora da Abiquim alerta: “a parcela da produção local destinada ao mercado externo, após registrar resultados positivos por mais de três anos consecutivos, vem exibindo recuos desde dezembro do ano passado. Nos últimos 12 meses, as vendas externas recuaram 10,4% na comparação com os 12 meses anteriores, apesar da desvalorização do real em relação ao dólar, que poderia tornar a exportação mais atrativa.”

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