rial permitido nesses mercados, favorecendo a implementação,
além do aumento da exigência no processo de acerto de cor.”
Dênis Beber Frada, diretor comercial da Hero, também acredita
que conscientização é uma forma de alavancar as vendas. “Real-
mente na Europa e nos Estados Unidos a participação do sistema
tintométrico na venda das tintas é muito maior do que no Brasil,
mas isso é uma questão de cultura, o brasileiro não está acostu-
mado a comprar no sistema tintométrico porque acredita que a
tinta feita na máquina é mais cara do que a tinta pronta ou acha
que a tinta pode não sair 100% igual. Ainda precisamos ultrapas-
sar algumas barreiras para conseguirmos aumentar o percentual
de participação de venda, mas isso ainda levará certo tempo.”
Retornos visíveis
A introdução do sistema também é relativamente nova no Bra-
sil, o que justifica a grande procura pelas máquinas e o cres-
cente aumento nas vendas. “Os sistemas tintométricos vie-
ram ao mercado brasileiro a partir da década de 1990. Para as
lojas de tintas, esses sistemas tornaram possível a racionali-
zação dos estoques de tintas em cores prontas, além de fle-
xibilizar os sistemas, oferecendo diferentes tipos de tecnolo-
gias – laca nitro, esmalte sintético, esmalte poliuretano, à base
de poliéster, entre outras. “Isso contribuiu muito para o me-
lhor atendimento dos clientes”, analisa Edmundo Novaes Soa-
res, coordenador de negócios para contas especiais da BASF.
Marcos Pelegrini, técnico de produção da linha da Brasilux, está
muito satisfeito com a aceitação do sistema tintométrico auto-
motivo e expõe os resultados. “Ano por ano o mercado apresen-
ta um crescimento. Para comparar, nestes últimos cinco anos o
sistema Brasimix cresceu mais de 50%.” A Skylack também apre-
sentou crescimento significativo na venda do sistema. “Desde o
lançamento do sistema Skymix no mercado já contamos commais
de 800 sistemas funcionando em todo o Brasil”, enumera Vailton
Mendes, gerente industrial da Skylack.
Futuro promissor
Marco Antonio Viola, gerente comercial e logístico da Fillon, acre-
dita que o mercado tende a crescer nos próximos anos, não só
pela entrada de fabricantes de tintas estrangeiros, mas por novas
montadoras sendo instaladas no Brasil e com investimentos de
grandes fabricantes de tintas no segmento à base de água, que
estão se adequando à necessidade e às exigências mundiais para
preservação do meio ambiente. Francisco Zoltan Rácz, consultor
da Rácz Consultoria Ltda., é otimista ao dizer que o sistema tin-
tométrico deverá continuar crescendo no Brasil, acompanhando
o ritmo da frota automotiva em geral. “Com a consolidação de
oficinas maiores, com índices altos de produtividade, o sistema
deverá seguir um crescimento acelerado em número de oficinas.
Além disso, haverá a continuidade do crescimento do sistema em
áreas de tintas industriais.”