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ARTIGO
Lojas de Tintas
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Quem gosta da madeira com um brilho
extra tem o verniz; para uma proteção
fungicida pode contar com o stain – regis-
trado no Ibama, claro –; e para um efeito
natural com baixo odor, ação bactericida
em ambientes internos, a melhor opção
é o lasur. Cada um desses produtos pro-
porciona uma ampla gama de possibilida-
des criativas funcionais no acabamento
em madeiras. São todos produtos de alta
qualidade, que desempenham bem seu
papel de acordo com a exigência e o gos-
to do seu público.
Basicamente, o stain nacional tem como
referência o similar americano. O lasur
tem inspiração no padrão europeu de
acabamento para madeira. Verniz é o
produto mais tradicional no mercado bra-
sileiro. De modo resumido, as principais
diferenças de cada produto e que podem
orientar o consumidor na hora da com-
pra, são as seguintes:
Lasur –
Tem proteção contra raios ultra-
violeta e bactericida para proteção da su-
perfície da madeira contra a ação de mi-
crorganismos nocivos, hidrorrepelência,
desgaste lento por erosão, que facilita a
renovação, e origem europeia.
Prazer em conhecer:
lasur, stain e verniz!
Hoje, o profissional e o consumidor têm
à disposição um conjunto de opções em
produtos para proteção e acabamento de
madeiras. É só conhecer bem cada um para
fazer a melhor escolha de acordo com
cada necessidade específica.
Rafael Ferreira, gerente de marketing e
comunicação da Montana Química S.A.
Stain –
Apresenta baixa formação de fil-
me, proteção contra raios ultravioleta e
fungicida com registro no Ibama, hidror-
repelência, desgaste lento por erosão,
que facilita a renovação, e a origem é
americana.
Verniz –
Tem formação de filme mais es-
pesso, proteção contra raios ultravioleta,
contém hidrorrepelente, seu desgaste
ocorre geralmente por trincamento da
película,  sendo, de forma global, o pro-
duto mais tradicional para acabamento
em madeira.
Um pouco de história – A palavra “lazur” –
grafada originalmente com  “z” – teve sua
origem na antiga Pérsia, em referência ao
material chamado lápis-lazúli, uma rocha
que produz coloração azul. Seu nome
passou pelo árabe, chegando à Europa,
especialmente Alemanha, onde ganhou a
denominação “azur” ou azul. Passou por
mudanças etimológicas até chegar à mo-
derna grafia “lasur”.
O longo percurso do uso desse material
de acabamento em solo europeu come-
çou no século XV, em plena Idade Mé-
dia. Séculos mais tarde, o artista Robert
Logsdon participou do projeto de pintura
das salas de uma escola em Sussex, Reino
Unido. Desenvolveu um sistema de pintu-
ra capaz de tornar o ambiente propício à
meditação e emprestou do alemão o ter-
mo “lazur” para designar seu sistema de
pintura à base de água.
Ométodo foi reconhecido por Rudolf Stei-
ner, fundador da antroposofia, método de
conhecimento da natureza, do ser huma-
no e do universo. Por analogia foi usada a
raiz desse nome para designar um sistema
de pintura para acabamento de madeiras,
que não formam filme e, por isso, permi-
te que a madeira “respire” sem esconder
seus veios. As palavras “lasur”, na variação
etimológica europeia, e “stain”, adotada
nos Estados Unidos, designam qualidade
em proteção e acabamento para madeira.