Revista Paint & Pintura - Edição 226
ENTREVISTA 22 | PAINT&PINTURA | Outubro 2017 próximos cinco anos da Abrafati. Por isso, estamos muito energizados, extremamente contentes que foi possível trabalhar com isso, e evidentemente a Telma Florêncio é uma das gestoras desse projeto, e estamos animadíssimos como que vai determinar os próximos cinco anos no Brasil para a associação. Já estamos trabalhando neste projeto. TELMA FLORÊNCIO: É um planejamento estratégico. Já tivemos uma rodada definitiva, onde foram elencados os principais pilares que temos que colocar recurso e sair com oplanejamentofinal. Aconsultoriaqueestános atendendo realizará a terceira plenária na Abrafati 2017, porque ela fez umestudobastanteprofundosobreosetordetintasglobal, já havia feito um estudo sobre a Europa, e agora também para a América Latina. Ela tem uma visão muito grande, e queremos aproveitar todas essas informações e também colocar àdisposiçãode todooprocessoprodutivode tintas. Estamos com uma expectativa muito boa. REVISTA PAINT&PINTURA: COMO SERÁ ESSE PROJETO E QUAL SERÁ O OBJETIVO? ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA: Procuramos as três maiores empresas de consultoria no mundo, a AT Kearney é uma delas, que realiza projetos estratégicos para empresas líderes em várias indústrias. Essa consultoria tem muita experiência, trabalhacomprojetos estratégicospara80%das empresas da Fortune’s Global 500. Mais de 35% dos projetos daATKearneyestãorelacionadosaestratégia;éumaempresa muito forte globalmente. Nós buscamos as tendências das indústrias de tintas no mundo. As seis tendências globais, que estão alterando o panoramadaindústriadetintas,são:primeiroamudançageo- gráfica,queestásedeslocandoparaoOriente,principalmente para a China; mudança competitiva - os destinos tradicionais de exportação de tintas estão mudando; a China aumentou sua autossuficiência, enquanto que o Oriente Médio e a África ainda são importadores. O terceiro item é a regulação ambiental - essas mudanças climáticas estão aumentando e demandando regulamentações ambientais nas indústrias de tintas. Depois vema pressão por inovação, e não é à toa que estamos falandoem inovar, precisamosde regulamentações ambientais,eoaumentodaconcorrênciaestáimpulsionando a pressão por inovação, e a mudança do conteúdo final e da aplicaçãodaindústria.Outratendênciaé,semdúvida,adigita- lização,poismuitascoisas ainda estão no mundo analógico e temos que fazeressesaltoquecome- çanacabeçadaspessoas, pois quemnão nasceu no mundo digital tem uma barreira. E por último, o processo por escala, em todas as regiões se vê cada vez mais sinergia. Na conscientização am- biental está levando a re- gulamentos mais rígidos na indústria de tintas. O Brasiljáéumareferência,tantoparaalgunspaísesdaAméricaLatina como junto a ONU na não utilização de chumbo ou na diminuição em ppm, que hoje já são 600 partes por milhão nas tintas atuais, porémcomanovalegislaçãoqueestáemdesenvolvimentovaicair para 90 partes por milhão de produtos que contenham chumbo. Isso é uma inovaçãomuito grande, mas é uma demanda por pres- sãoambiental. Eo lançamentode lixotóxico liberadopelosetor de tintas diminuiu 80% entre 1995 e 2013 nomundo. Precisamos fazer onosso inventáriopara saber comooBrasil se localiza. Ea redução totalderesíduosdeproduçãode48%entre1995e2013,aíentraum papelimportantedoPSQ,comovamosampliarparaoBrasilinteiro se temos registrados mais de duas mil indústrias de tintas. Como vamos ampliar isso de norte a sul, de leste a oeste? Nosso objetivo é rever o direcionamento da estratégia de atuação da Abrafati, para suportar o crescimento da indústria de tintas no Brasil, em especial, das empresas associadas. E o escopo é tinta imobiliária. O que esperamos é um projeto de cinco a dez anos necessário para o detalhamento do plano estratégico. E é nesta fase que nos encontramos agora. O escopo de atuação atual, análise de tendências, desenvolvimento dos cenários possíveis e formalização da estratégia. O workshop com os presidentes do conselho já ocorreu, e agora estamos na segunda fase, que é a formalização da estratégia. Asatividadesserãoconsolidaroentendimentoeoambientemacro da indústria de tintas, associação e associados, identificação dos principais drivers do mercado, e criar cenários com base e intera- ções com a Abrafati. Esse é o nosso desafio: queremos atuar com bases técnicas. Por trás desse estudo queremos saber que papel nós temos nisso tudo.
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