Revista Paint & Pintura - Edição 262
ARTIGO 30 | PAINT&PINTURA Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates 2020 foi o ano que nos colocou emcontato commuitos temas que já deveríamos ter executado e encerramos o ano coma sensação e o propósito de resolvermos tudo em 2021. Mas 2020 também foi o ano que especialistas trouxeram prognósticos de impacto humanitários desastrosos e colapsos na economia emnível global, por conta da pandemia. Despertamos em2021 coma sensaçãoperturbadorade termos que recomeçar uma longa maratona que nem sequer tínhamos come- çado, dando razão a especialistas que então soavam pessimistas. Em nossas apresentações de informações estratégicas e em fóruns, temos apontado que a pandemia acentuou o desem- prego/subemprego acima de 60 milhões na América do Sul, particularmente no Brasil, onde se localiza maior contingente. O desemprego atingiu os segmentos de negócios desativados pela pandemia, mas traz tambémo carry-over demão obra desqualifi- cada e queda de renda, para uma transformação mais acelerada em muitos negócios a procura de maior produtividade. O SENSO DE URGÊNCIA A indústria de tintas está alinhada como senso de urgência impos- to pela pandemia. Temcomo prioridade estratégica atingir a com- petitividade para chegar a outros mercados sejamdomésticos ou internacionais, pormeio da tecnologia, ganhos de produtividade e redução de riscos. Ao longo do tempo, especialmente, nos últimos cinco anos, a indústria de tintas e seu supply-chain modificaram e evoluíram suas plataformas de f o rmu l a ç õ e s , tornando-se cada vez mais emuma montadora de tintas, capaz de oferecer soluções para inúmeros substratos emqualquer parte do mundo. Isto não foi diferente no contexto da América do Sul. Nos próximos cinco anos, a procura competitiva por produtividade e escala, para atrair negócios para a América do Sul estará na ambição e planos de todas as organizações globais e transnacionais locais de tintas. A velocidade de consolidação destes planos pode determi- nar uma nova distribuição competitiva e novas lideranças na região. O incentivo é fazer parte do mapa global de consumo. A ameaça é estar fora do mapa. A produção de intermediários e resinas em países diver- sos já é uma realidade, assimcomo produções e logísticas consolidadas por segmentos entre países na América do Sul e, muitas vezes, no Brasil por meio de novos pólos localizados. O fluxo de tecnologias de formulações con- jugado ao gerenciamento de riscos e custos logísticos fazem parte das plataformas destas empresas. OS DESAFIOS DO ACESSO À TECNOLOGIA E PRODUTIVIDADE Um dos desafios da indústria de tintas e da indústria de materiais para tintas está na redução do tempo para de- senvolvimento de tecnologias e processos utilizando-se das plataformas digitais de busca de matérias-primas e formulação não somente intercompany, como também conectados aos fornecedores e clientes. A tendência para mercados emergentes é o estabelecimento de alianças com detentores do know-how e clientes parceiros para redução dos tempos de validação em mercado. A aceleração da transformação digital pós-pandemia em diversos processos impacta nas tintas nosmercados emer- gentes. Na América do Sul, o excedente de capacidade que temos na indústria de tintas, em geral, tem sido área A TRANSFORMAÇÃO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA AMÉRICA DO SUL
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