Revista Paint & Pintura - Edição 275

COALESCENTES 10 | PAINT&PINTURA tônica é historicamentemaior durante o segundo semestre, próximo ao período de festas e, por outro lado, levando em conta a atual incerteza econômica glo- bal. Vale ressaltar que com o crescente compromisso das empresas e governos com a sustentabilidade e, considerando que um dos principais desafios globais enfrentados pelo mercado de tintas é a poluição do ar, vemos uma forte tendên- cia no uso de coalescentes com menor teor de VOCs (compostos orgânicos voláteis), de acordo com as regulamen- tações mais rigorosas globalmente.” Para Marcos Aurelio Basso, gerente de desenvolvimento para América latina da Eastman, ogrande desafio, não somente para os coalescentes, mas para todos os produtos químicos, é o de estar sempre atualizado e alinhado com as expectati- vas dos consumidores e da comunidade em geral. “O mercado de coalescentes está totalmente relacionado com a pro- dução de tintas prediais que após dois anos de franco crescimento deve ter um crescimento moderado em 2022.” A indústria de tintas vemdemonstrando uma recuperação rápida e acima do es- perado. “Apesar das regulamentações rígidas paramanter padrões específicos e as condições desfavoráveis decor- rentes da Covid-19, a primeira metade do ano de 2022 tem sido positiva e a nossa expectativa é de que o mercado permaneça aquecido. Por consequência, a demanda de agentes coalescentes tambémvemaumentando, uma vez que representam componentes essenciais nas formulações e está diretamente ligada a um dos processos mais críticos durante o desenvolvimento de tintas, a formação de filme de tinta durante a sua secagem. Na Oxiteno, estamos atentos aosmovimentos domercado e trabalha- mos para oferecer aos nossos clientes soluções diferenciadas com foco no desenvolvimento de produtos com alto valor agregado e de forma ágil, a fim de atender uma demanda futura que tende a ser ainda mais voltada a produtos sus- tentáveis, commelhor custo-benefício”, destaca Gardelli. Por sua vez, Fabrício Carvalho, diretor de negócios da SYCO, salienta que registrou um crescimento importante na linha de coalescentes nesse primeiro semestre. “Mas seguimos enfrentando a alta nos custos de toda a cadeia de matérias-pri- mas. Nossas soluções são sustentáveis e sintetizadas a partir de óleos vegetais e este é um momento bastante turbu- lento e desafiador, pois a lei da oferta e demanda dos nossos insumos se altera na entre safra e agora também sobre impactos oriundos da guerra entre a Rússia e Ucrânia, que atinge diretamen- te a cadeia de grãos. Seguimos focados em manter a competitividade do nosso portfólio e em desenvolver inovações para o nosso mercado de tintas, este é o diferencial da SYCO.” Na opinião de Thaís Luna, especialista em tintas da equipe de pesquisa e desenvolvimento da Wana, o primeiro semestre de 2022 ainda trouxe uma sé- rie de desafios enfrentados pela Wana, devido às consequências da pandemia e das dificuldades enfrentadas por toda a cadeia industrial, inclusive o setor de tintas e, consequentemente, as linhas de resinas. “Mesmo diante deste cenário ainda um tanto quanto incerto, temos grandes expectativas para o segundo semestre, um período no mercado em que geralmente acontece um cresci- mento um pouco mais expressivo em vendas de tintas decorativas. Um fator relevante para esta perspectiva positiva é a nossa participação no Abrafati Show 2022, uma grande oportunidade na qual pudemos reforçar oposicionamentodos nossos produtos, destacar novidades, estreitar laços com clientes e amigos, e participar com dois trabalhos técnicos apresentados no Congresso Interna- cional de Tintas, apoiando tendências do setor. A Wana espera que por meio da exposição positiva gerada na feira e, claro, do engajamento da sua equipe de colaboradores e especialistas em tintas, seja possível ampliar o volume de vendas.” Thaís ainda ressalta que o mercado como um todo vem sofrendo com as grandes oscilações cambiais ocasiona- das pela pandemia e outros fatores eco- nômicos atrelados e, com isso, algumas matérias-primas tem variado de custo e também de abastecimento, afetando diretamente não somente os coalescen- tes como outros produtos de sua linha e do segmento em geral. “Nos últimos dois anos, gerenciando resultados em um contexto com grandes oscilações de mercado, foi necessário planejar e executar o desenvolvimento de diver- sas formas de trabalho e a criação de novos produtos e suas aplicações, entre outros aspectos de sustentabilidade do negócio. A Wana tem atuado de forma cada vez mais próxima e personalizada junto aos seus clientes para que os ine- vitáveis impactos da cadeia do setor de Marlon Braidott, consultor técnico de aditivos América do Sul da BASF Natalia Hernandez, gerente de marketing de Industrial Solutions para a Dow na América Latina