Revista Paint & Pintura - Edição 275
RESINAS ACRÍLICAS 34 | PAINT&PINTURA melhores e com maior desempenho ao mercado. “Hoje, uma emulsão não pode ter somente um pré-requisito para ser boa, o mercado solicita que uma emul- são tenha um conjunto de qualidades, tamanhos de partículas, reatividade, absorção de água, entre outros. Temos que ter emulsões flex, que se adequem à vários PVC’s. Nossas matérias-primas são provenientes de investimentos e altíssima pesquisas para que atendam as mais variadas demandas de nossos clientes, são bastantes versáteis, com muita tecnologia, além de serem ami- gáveis aos usuários e sustentáveis, pois possuembaixíssimo odor e VOC. Nossas emulsões acrílicas possuem tecnologia de nano partícula, proporcionando as tintas, melhor performance em resis- tência à abrasão, melhor intemperismo e maior rendimento”, destaca Julio Fortunato, diretor comercial daOswaldo Cruz Química. CENÁRIO DO MERCADO Em um primeiro momento, é necessá- rio entender o cenário econômico no qual o mercado de resinas acrílicas está inserido, uma vez que trabalhar com matérias-primas classificadas como commodities já é um desafio, o qual foi agravado ainda mais devido o período pandêmico, segundo Felipe Rovani Boni, coordenador de desenvolvimen- to da AVCO. “Desse modo, diante de consumidores cada vez mais exigentes por qualidade e insatisfeitos com a alta dos preços, nós da AVCO Chemicals lançamos, há pouco tempo, resinas com ótima relação custo-benefício que irão movimentar sobremaneira o mercado no segundo semestre de 2022.” Em 2022, a Dow vem observando diver- sos desafios na questão de abastecimen- to e nos preços das matérias-primas, de acordo com Moura. “A disponibilidade emquestão dos monômeros direcionou a produção de grande parte das resinas acrílicas, diminuindo a oferta do mix de produto. Outro desafio que podemos ressaltar está alinhado à agenda ESG, destacando o tema da sustentabilidade e a busca por produtos de fontes reno- váveis. Vemos o mercado se movimen- tando nessa direção e a Dow vem tra- balhando para desenvolver resinas com alto conteúdo renovável, as chamadas resinas biobased. Além disso, estamos empenhados emdiminuir nossa pegada de carbono por meio de inúmeras ações, como a mudança de matriz energética que vem sendo implementada em plantas da companhia. Em relação às expectativas para 2022, a Dow se alinha com a projeção positiva de crescimento domercado para este ano. Aperspectiva é voltar a crescer acima do PIB nos pró- ximos anos, o que traz um grande clima de otimismo para o setor.” Para Priscila Schmitz, gerente de vendas coatings & architectural paints da Lam- berti, também afirma que os desafios contínuos na emulsão acrílica ainda são os altos custos dosmonômeros acrílicos, tensoativos, bemcomoa disponibilidade na cadeia de suprimentos. “Acreditamos que amedida que as resinas base solven- te foremsubstituídas, o crescimento das emulsões acrílicas poderá ficar na faixa de 6% a 7%.” Na visão de Thaís Luna, especialista em tintas da equipe de pesquisa e desenvolvimento da Wana, o primeiro semestre de 2022 apresentou grandes desafios. “Ainda enfrentamos resquícios da pandemia e encontramos algumas dificuldades por toda a cadeia industrial do setor de tintas e, consequentemente, para a linha de resinas. Mesmo diante deste contexto, atuamos projetando umcenáriomais positivo para o segundo semestre, que historicamente apresenta um crescimento mais expressivo nas vendas de tintas decorativas. Especial- mente neste ano, após a participação da Wana na Abrafati Show 2022, com a ex- posição das nossas linhas e produtos no estande, as apresentações de trabalhos técnicos no Congresso Internacional de Luiza Aparecida Souza Goulart, consultora técnica de resinas para tintas industriais da BASF Leonardo Moura, gerente de marketing para revestimentos arquitetônicos e monômeros de desempenho da Dow Priscila Schmitz, gerente de vendas coatings & architectural paints da Lamberti
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