Revista Paint & Pintura - Edição 278
ARTIGO 24 | PAINT&PINTURA Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Omercado de tintas no Brasil se mostrou resiliente à nova dinâmica imposta pela pandemia, reagindo positivamente às mudanças dos hábitos de trabalho e consumo. As pro- jeções segundo nosso modelo macroeconômico são posi- tivas, projetando volume de 2,3 bilhões de litros para 2026. Dentreos principais fatores influenciadores deste consumo nos vários segmentos de tintas, têm destaque a evolução do poder de compra em todos os estratos sociais ligados diretamente à diminuição do desemprego, auxílios emer- genciais, modificação damobilidade emanutenção - prote- ção de ativos. Novos drivers da pós-pandemia, semdúvida, demandam muito mais refinamento e aprofundamento da leitura e proposição de valores do consumo de tintas. Os ganhos de produtividade alcançados pela indústria nesta última década, aliados aos repasses de custos aos preços (na medida possível) mantiveram a liquidez estra- tégica da indústria nestes anos recentes. As projeções de volume do mercado de tintas são positivas assim como são as projeções de saúde financeira. PROXIMIDADE AO CLIENTE-CONSUMIDOR Anecessidade demais proximidade ao cliente-consumidor final aflora decisivas conclusões para tintas e a certeza de uma longa jornada na criação sustentável de valor. Os macros efeitos da volatilidade e incertezas nos últimos anos enfatizaramos impactos dos custos, suprimentos dematé- rias-primas, desemprego, novas tecnologias eoutros temas. Mas um driver relevante está no foco e no entendimento da experiência do cliente e suas ansiedades. A relevância da proximidade ao cliente-consumidor está chamando à atenção nos diversos níveis da indústria de tintas. “Sentimentos de precariedade e insegurança financeira criados e exagerados pela pandemia fazem com que os consumidores busquem uma sensação de controle. Ao mesmo tempo, a disseminação contínua dedesinformação está tornando mais difícil para os consumidores realizar as pesquisas necessárias para tomar decisões baseados em informações. Portanto, os consumidores precisam de clareza, transparência, flexibilidade e opções para tomar decisões que atendam às suas necessidades e circunstân- cias individuais em constante mudança. Eles querem saber sobre os ingredientes - o que está excluído e o que está incluído e por que - mas também sobre a eficácia para garantir que os produtos cumpram o que prometem” (Mintel, 2022). COMO ESSA NECESSIDADE SE INSERE NOS COMPROMISSOS DE SUSTENTABILIDADE E COMPETITIVIDADE NA ROTA DE CRIAÇÃO DE VALOR? Os mercados de tintas na América do Sul e, em particular, no Brasil são servidos por quase todas as empresas globais e locais compromissadas com a sustentabilidade desde o desenvolvimento das tecnologias e produtos até a aplicação e performance das suas propostas de valor. Nos últimos dez anos ao mesmo tempo que a indústria de tintas na América do Sul evoluiu na introdução de novos sistemas de pintura para diversos substratos, o consumidor aprendeu a confiar e questionar o valor agregado das tintas. “Desenvolver produtos commaior valor agregado e emissões redu- zidas está se tornando crucial para que os inovadores de tintas se mantenhamcompetitivos nestemercadoemconstantesmudanças. O aumento dos intervalos entres os ciclos de pintura e repintura tambémestãono radar de preocupações e oportunidades dos parti- cipantes da indústria de tintas. Tintas realmente econômicas devem render mais e ser duráveis o suficiente para alongar os intervalos de repintura e participar dos esforços de sustentabilidade do setor de maneira ampla.” (Rácz, Yamaga - Paint & Pintura Setembro/2022). Na perspectiva do mercado consumidor, a indústria de tintas ace- leradamente está revisitando a jornada de pintura. A jornada do Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, sócios- fundadores da Rácz, Yamaga & Associates A TRANSPARENTE PROXIMIDADE AO CLIENTE-CONSUMIDOR
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