Revista Paint & Pintura - Edição 292

RESINAS EPÓXI PAINT&PINTURA | MARÇO 2024 | 51 ano de 2022 e um pouco mais estáveis no ano de 2023. Como estamos numano de confusões geopolíticas, a logística também poderá se tonar um desafio.” Na opinião de Victor LuisMaluf Amarilla, diretor técnico e demarketing da Kalium Chemical, a expectativa de crescimento emseus negócios está entre 10% e 20% no volume comercializado de resinas epóxi. “O produtor local não consegue suprir omercado de resinas epóxi (estimamos que somente atende a 40% do mercado de resinas epóxi, solidas e líquidas), que crescerá 5%, pois há uma expectativa de crescimento em tintas de manutenção que utilizam resinas epóxi, além de pro- dutos como vernizes, adesivos e outros produtos; e também existe a parada na fabricação de resinas sólidas pelo fabri- cante local, viabilizando a importação de produtores mundiais em maior escala. O problema do país é que a escala de produção não acompanha o desenvol- vimento da indústria brasileira. Não há expansão da capacidade produtiva. O produtor local não consegue produzir mais de 26 mil toneladas e o mercado supera as 65 mil toneladas. Qualquer fábrica no exterior tem produção maior que 60 mil toneladas. A capacidade local é a mesma de 30 anos atrás, com pequenos ajustes. Antes de mais nada temos que ter um plano de produzir matérias-primas básicas para todas as indústrias, reduzindo a dependência de algumas importações. Enquanto isso não se resolve, temos que ter taxas reduzidas, favorecendo a indústria de transformação. A distribuição cumpre o seu papel, reduzindo custos de im- portação e, principalmente, de capital de giro de pequenos, médios e grandes consumidores.” Amarilla ainda alerta que existe uma preocupação contínua na busca de pro- teção alfandegária de produtores locais em produtos que sequer conseguem atender comsuas pequenas capacidades de produção. “Isso acaba onerando a indústria química de transformação, sem qualquer contrapartida desses produto- res, com a garantia de investimento na capacidade de produção e tecnologias maismodernas. OBrasil temproteção al- fandegáriamuito elevada, alémdo custo do Brasil que é claro no desembaraço de mercadorias que chega a 12% para produ- tos de valor em torno de 1200 USD CFR (sem contar o imposto de importação e os outros impostos que devem ser pagos antecipadamente) para alguns produtos, isso para que essas mercado- rias cheguem até 500 km do porto de desembaraço. Precisamos estimular a indústria local, porém sem o sacrifício dos usuários de matérias-primas que pagam mais caro (as empresas que pe- dem proteção, simplesmente agregam as taxas de dumping às suasmargens de comercialização) e sofrem a concorrên- cia de produtos finais que chegama cus- tos menores devido acessarem preços mundiais menores que os locais, devido a essas proteções alfandegárias.” Para este ano, percebe-se uma alta signi- ficativa na oferta de resina epóxi e ainda há uma dúvida na questão de consumo devido algumas ações do governo que ainda não foram definidas e, com isto, o empresariado ainda está cauteloso aos novos investimentos, ressalta Marcos Codinhoto, sócio/diretor da Lumasa. “O ponto negativo ainda permanece em relação a logística internacional que enfrenta, neste momento, problemas sérios para importações de origens orientais, como desvio de rotas, aumen- to nos custos de fretes internacionais e outros.” A SQ Química é outra empresa que tem boas expectativas de crescimento para 2024, uma vez que os investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento são atual- mente elevados e, portanto, a demanda por epóxi está aumentando, anuncia Matheus Santos, desenvolvimento. “A SQQuímica está sempre comprometida em atender às necessidades de seus clientes, oferecendo sempre suporte técnico e comercial abrangente. Desen- volvemos e investimos continuamente em novas e modernas tecnologias para atender cada vez mais às necessidades do mercado de epóxi.” Rodrigo João Gabriel, diretor da Carbono Química Marcos Codinhoto, sócio/diretor da Lumasa Matheus Santos, desenvolvimento da SQ Química