Revista Paint & Pintura - Edição 298

Nos últimos anos, observa-se uma evo- lução significativa nos desenvolvimen- tos de biocidas para o setor de tintas no Brasil. A demanda por produtosmais eficazes tem impulsionado a inovação. Alémdisso, há uma crescente preferên- cia por biocidas que possuem baixo im- pacto ambiental e são compatíveis com as normas regulatórias mais rigorosas. “Outro ponto, são as especificidades dos biocidas para o mercado brasileiro, levando em consideração o clima tro- pical. Por isso, os produtos precisam garantir uma proteção mais duradoura contra a umidade e exposição solar intensa”, informa Marcelo Metz, head de vendas nacionais da Lanxess. O objetivo de toda empresa do seg- mento químico, é desenvolver produtos ecologicamente corretos, utilizando matérias-primas provenientes de fontes renováveis, menor geração de resíduos, emissões atmosféricas, efluentes indus- triais e semprepensandonouso racional dos recursos naturais. Comos biocidas o cenário não é diferente, já que a legisla- ção ambiental está cada dia mais rigoro- sa, afirma Carolina Sampietri, assistente técnica da Miracema-Nuodex. “Nesse sentido, nossa empresa intensifica cada vezmais o suporte técnico prestado aos nossos clientes no pré e pós-vendas, atuando na prevenção de qualquer situação atípica e também adequando o produto às necessidades requeridas acompanhando sua performance em campo. Também temos flexibilidade para formular biocidas que atendam as legislações e especificações toxico- lógicas, podendo oferecer ao mercado um portfólio variado com produtos que atendamasmaisdiversasnecessidades.” Na opinião de Rosana Rodrigues, ge- rente demarketing da Arxada, algumas moléculas biocidas estão sob avaliação em mercados regulamentados, como na Europa e esta tendência deverá afetar o Brasil, restringindo a gama de ativos biocidas possíveis de aplicação em tintas. “As indústrias já se movi- mentam para a utilização de produtos mais “sustentáveis. Ao mesmo tempo, as empresas produtoras de tintas têm, cada vez mais, uma preocupação com a contaminação de seus produtos, da produção até seu consumo. Por isso, é de extrema importância que tenham fornecedores que possam oferecer a solução completa, portfólio e expertise em controle microbiano.” Continua o grande desafio de atuar em um mercado não regulamentado sob o aspecto de uso dos biocidas em um ambiente de negócios forte- mente orientado a preços e ao uso de commodities, observa Henrique Kenji Tanaca, gerente técnico da Thor Brasil. “Procuramos nos posicionar no merca- do como uma empresa de vanguarda, sólida e, essencialmente especializada na ciência da conservação, focada na resolução de problemas e sempre sobre os pilares da inovação, sustentabilidade emeio ambiente. Trazemos ao Brasil e à região da América do Sul as novidades relacionadas a ativos e suas formas de apresentação desenvolvidas por nossos centros de Pesquisa e Desenvolvimento em nossas Subsidiárias Europeias, que trabalham sob o escopo dos órgãos regulatórios mais rigorosos do globo. Esses produtos e tecnologias ainda são utilizados apenas emaplicações de nicho no Brasil e na América do Sul, havendo dificuldades em inseri-los comercialmen- te em uma ampla gama de produtos.” CENÁRIO DO SETOR O primeiro semestre de 2024 iniciou-se com grande expectativa de retomada no mercado brasileiro bem como da região, observando-se uma retomada na sazonalidade da demanda usual des- te segmento. “Apesar dos impactos na logística global causados pelas guerras na Europa, aumento da demanda de na- vios e contêineres em algumas regiões como a América do Norte, não tivemos impacto de disponibilidade das matéria- -prima emsi, pois amaior partedenossos

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