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Outubro 2010
PAINT & PINTURA
físico-químicas da tinta na lata
(perda de viscosidade, alteração
de odor) ou no filme seco (amare-
lecimento, aumento da lixiviação);
ter perfil toxicológico compatível
com a aplicação, sendo, desejavel-
mente, atóxico, não volátil, não
bioacumulativo, biodegradável; ter
custo compatível com a aplicação;
ser de fácil uso, sob formas de fácil
aplicação, tais como líquidos de
baixa viscosidade, dispersões ou
pós-fluidos; conter ativos de uso
permitido para a aplicação”.
Ricardo Pedro, especialista de
aplicação a cliente para América
Latina da Dow Microbial Control,
completa que devido aos custos
extremamente elevados para o
desenvolvimento de novos ativos,
não se tem observado o lançamen-
to de novas moléculas biocidas
no mercado. “Os fabricantes de
biocidas têm usado de sinergia
para potencializar o efeito dos
biocidas já conhecidos, em com-
binações que minimizam a con-
centração total de ativos e que
ampliam seu espectro de ação e
que, portanto, melhoram a relação
custo-benefício destes em relação
aos ativos usados individualmen-
te. Neste sentido, a Dow lidera o
mercado mundial com o lança-
mento de produtos em formulações
que combinam diferentes ativos,
concentrações e formas físicas. O
uso dos biocidas Dow representa
importante ganho ambiental, pois
permitem a maior durabilidade e
aproveitamento dos materiais. Um
exemplo interessante é o produto
Seanine CR, um biocida encapsula-
do de liberação controlada usado
em pinturas marinhas que otimiza
o uso do ativo, não sobredosando-
o no ambiente. Seanine CR tem em
sua composição um ativo premiado
pelo governo americano no quesito
química verde (Green Chemistry
Award). O produto aumenta o
tempo de serviço e permite grande
economia de combustível em em-
barcações de grande porte, já que
evita a incrustação de cracas, que
dificultam a locomoção dos navios.
Os ativos Dow são biodegradáveis
e não biocumulativos”, destaca.
Além disso, Pedro, da Dow, comple-
ta que o uso combinado de técnicas
estatísticas para o planejamento
e otimização de experimentos e da
ferramenta HTP (High Throuput)
possibilita obter produtos formu-
lados altamente eficientes, que
têm, portanto, uso final otimi-
zado. “Formulações livres de VOC
(Volatile Organic Compounds) e
de APE (Alkyl Phenol Etoxylates)
demonstram o cuidado da Dow
com o meio ambiente. Biocidas
em pó, por exemplo, são disponi-
bilizados ao mercado em granu-
lometria e densidade adequadas
para não permitir a suspensão de
suas partículas no ar. A própria
forma pela qual estes produtos são
desenvolvidos também demonstra
a preocupação da Dow com o meio
ambiente, uma vez que as amos-
tras testes são usadas em concen-
trações diminutas.”
Para Alexandra Paschoalin, gerente
técnica de microbiologia – Latam
da Clariant, o ideal é o desenvolvi-
mento de um único sistema biocida
que associe fungicida, algicidas
e bactericidas, com baixo impac-
to ambiental, baixa toxicidade,
não lixiviável e que não altere as
características físico-química da
tinta. “A Clariant patenteou uma
nova forma de apresentação destes
três componentes - algicida, fun-
gicida e bactericidas - em pó. São
produtos com apelo verde (menos
tóxico, baixo VOC), além disto
esta tecnologia proporciona uma
menor perda de ativos para o meio
ambiente”, conta.
Para Armando Tena, diretor de
biocidas para América Latina da
ISP, um bactericida deve trabalhar
em baixa dosagem, amplo espec-
tro de pH, não deve modificar a
cor da tinta, principalmente dos
brancos, e não deve ser tóxica nem
irritante no contato ou respiração.
“Idealmente as tintas base água e
Kelly Vieira, engenheira química da
Alcolina
Sebastian Gilli Canto, gerente de
negócios biocidas na América Latina e
Caribe da Arch Chemicals