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Junho 2013
PAINT & PINTURA
Rodrigo Gabriel, diretor de desenvolvimento
da Carbono
Luiz Carlos Silva, gerente de negócios da Gafor
Alexandre Oliveira, coordenador técnico de
tintas da Makeni
cos, existe a pressão pela substituição
deste solvente por outros mais susten-
táveis, portanto a demanda deverá
recuar nos próximos anos. Apesar dos
investimentos em infraestrutura, as
pressões mencionadas por toxicologia
e custos altos sempre equilibrarão
as demandas. Existe a tendência de
uma mudança de utilização, como
por exemplo, do tolueno para o xileno,
adequando as formulações.”
O mercado de solventes hidrocarbô-
nicos é bastante maduro, com de-
manda inelástica, e que se comporta
muito atrelado ao mercado de tintas,
que é o maior mercado consumidor.
“Olhando para o mercado de tintas
do ano de 2012, podemos ver que não
houve crescimento e até em alguns
segmentos houve encolhimento, como
manutenção e industrial. Acredito que
hoje a dificuldade não é do mercado de
solventes e sim do mercado industrial
como um todo. O fraco desempenho
da indústria nos últimos 12 meses
vem cada vez mais desanimando o
empresariado a fazer investimentos,
sejam investimentos em
parques fabris, em au-
mento de produção ou de
troca de tecnologia. Não
há desabastecimento por
parte dos produtores,
não há sinal de mudan-
ças de padrões logísticos
ou qualquer outro obs-
táculo ao fornecimento
no médio prazo. O que
ocorre é realmente um
desaquecimento do mercado indus-
trial, sem segmentos específicos. Isso
dificultamuito a atuação dos atores do
mercado”, informa Rodrigo Gabriel, di-
retor de desenvolvimento da Carbono.
Luiz Carlos Silva, gerente de negócios
da Gafor, ressalta que o governo fede-
ral tem anunciado uma série de inves-
timentos em infraestrutura logística
para os próximos anos, inclusive está
em votação no Congresso a lei que
regulamenta os portos, visando uma
redução nos custos e melhoria nos ser-
viços. “Não acredito que estas medidas
já influenciem a demanda para 2013,
mas espero um crescimento orgânico
não influenciado ainda por estas me-
didas. Além disso, pelo crescimento
da oferta em razão de menos paradas
nas refinarias nacionais e a entrada
de produtos importados, a tendência
é uma redução nas margens para que
possamos manter ou crescer nossa
participação no mercado.”
Para Sergio Rubio, gestor técnico da
quantiQ, a demanda por solventes
hidrocarbônicos tem acompanhado
o crescimento orgânico do mercado
de tintas, sem alterações significa-
tivas nos volumes historicamente
comercializados. “Esmaltes sinté-
ticos, tintas e vernizes base óleo e
primers protetivos são exemplos de
sistemas que ainda utilizam uma
considerável quantidade de solventes
hidrocarbônicos em suas formulações.
Os invest imentos previ stos em
infraestrutura com certeza irão
impactar positivamente na demanda
destes produtos e consequentemente
também na demanda dos solventes
hidrocarbônicos. Com relação aos cus-
tos, percebemos uma tendência de alta
nos preços internacionais no início do
ano, os quais já estão se normalizando
neste segundo trimestre. Não obser-
vamos nenhum problema de forneci-
mento por parte dos produtores com
os quais a quantiQ mantém parceria.”