Revista Paint & Pintura - Edição 239

RESINAS POLIURETÂNICAS PAINT&PINTURA | Dezembro 2018 | 39 A As resinas poliuretânicas são polí- meros resultantes de uma reação de condensação entre poliisocia- natos e compostos comgrupos hidroxí- licos (polióis, poliésteres), e que podem ser divididos em flexíveis e rígidos. “No setor de tintas, essas resinas têm se destacado na área industrial, moveleira, assoalhos, marítimas e muitas outras. Entre os principais pontos de destaque no mercado brasileiro, podemos ressal- tar a ótima dureza, resistência química e resistência à abrasão que essas resinas proporcionamà tinta final, fazendo com que esse mercado se sobressaia nos úl- timos anos. Outro fator extremamente importante para o grande crescimento na utilização destes polímeros é a vasta gama de produtos com hidroxilas livres diferenciadas, podendo atender desde sistemas bicomponentes econômicos até de revestimentos de alta performan- ce”, salienta Laís Pereira Tozzi, analista de laboratório LRA/XLR da Allnex. A versatilidade e resistência dos siste- mas poliuretânicos tem ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro. O motivo para este crescimento está li- gado às exigências de desempenho des- ses revestimentos. “A grande variedade química desses materiais acaba criando uma repleta fonte de alternativas para suprir as necessidades domercado. Nor- malmente, o poliuretano émais caro em relação aos outros sistemas de resinas utilizados nas tintas, porém quando há uma exigência técnica superior é preciso usá-lo. Há algumtempo, o poliuretano já é utilizado para tintas automotivas e no segmentomoveleiro. A sua versatilidade segue conquistando aplicações antes atendidas por resinas com tecnologias mais antigas”, conta Antonio Carlos Ve- ronezi Filho, químico - Coating da Coim. resistência química, flexibilidade, boa aparência, entre outras ca- racterísticas. Existem aplicações em que as tintas poliuretânicas são essenciais, como pinturas em temperatura ambiente que requeremdesempenho similar aos revestimentos curados emestufa.” Geralmente, as solicitações domer- cado são para resinas comresistên- cia à solventes, água e intempéries, oque émuito difícil de se conseguir ao mesmo tempo, explica Adriano Dias Campani, gerente industrial da Nokxeller. “Para o mercado de vernizes aquosos para pisos, por exemplo, normalmente são solicitadas resinas de alta dureza com resistência ao amarelamento, de alta aderência ao substrato e de grande resistência à água. Para o mercado de tintas para vidro, alta aderência, dureza e nivelamento. Como o seu custo é mais elevado, normalmente elas vêm compor as tintas emcertas porcentagens que justifiquemseuempregopor trazer características diferenciadas em alguma propriedade que se deseja atingir.” SUSTENTABILIDADE As principais tendências do mer- cado são com respeito às tintas mais sustentáveis, commenor teor de compostos orgânicos voláteis, destaca Lima, da BASF. “Dessama- neira, podemos destacar as resinas hidroxiladas e poliisocianatos para tintas poliuretânicas bicomponen- tes de altos sólidos; as dispersões de polímeros hidroxilados e poliiso- cianatos emulsificáveis para tintas poliuretânicas bicomponentes VANTAGENS E ATUAÇÃO As tintas PU bicomponentes são muito utilizadas devido à sua elevada resis- tência química e ao intemperismo, além de boa secagem ao manuseio, ressalta Décio Fernandes Lima, gerente técnico de dispersões, resinas e aditivos para a América do Sul da BASF. “Tintas industriais, especialmente tintas de manutenção e tintas de proteção marítima, são os segmentos que mais utilizam tintas poliuretânicas como acabamento, devido às suas elevadas resistências em geral e possibilidade de cura em temperatura ambiente. Vale a pena ressaltar também o uso em tintas automotivas, não só no segmento de repintura, mas também em tintas auto- motivas originais.” O que se espera é que as tintas apresen- temelevado desempenho, durabilidade e boa cobertura, salienta Regina Kawai, gerente de negócios da linha Coating Additives da Evonik. “Estas resinas conferem às tintas forte resistência a intempéries (quando utiliza-se isocia- nato alifático como agente de cura), Laís Pereira Tozzi, analista de laboratório LRA/XLR da Allnex

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