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Vendas internas recuam entre abril e maio de 2021

19/07/2021 - 11:07

Mas acumulam alta expressiva nos primeiros cinco meses do ano e em 12 meses, assim como a produção e a demanda

O volume de vendas internas do segmento de produtos químicos de uso industrial recuou nos últimos dois meses de análise, conforme informações preliminares do IGQ-VI Abiquim-FIPE. Em maio e abril, as quedas foram de -4,37% e -12,43%, respectivamente, na comparação com os meses anteriores. No entanto, em relação a iguais meses do ano passado, o volume de vendas apresentou altas expressivas: +21,47% em maio e +47,37% na avaliação abril contra abril.

No que se refere ao índice de produção, contudo, houve elevação de 4,93% em maio e de 3,12% em abril, sobre os meses anteriores. A variável também teve crescimento expressivo na comparação deste ano com iguais meses do ano passado: +29,42% maio contra maio e +20,97% abril sobre abril.

O índice de utilização da capacidade instalada ficou em 71% em maio, quatro pontos percentuais acima da média do mês anterior, sobretudo pelo retorno de algumas unidades que realizaram paradas programadas para manutenção em abril, na região do ABC, em São Paulo.

No acumulado de janeiro a maio de 2021, os índices de volumes do segmento de produtos químicos de uso industrial mantiveram o ritmo positivo que vinha sendo registrado nos meses anteriores, com os seguintes resultados comparativos: produção +9,33%, vendas internas +15,86% e consumo aparente nacional (CAN) +11,6%, sempre em relação a igual período de 2020. A taxa de ocupação das instalações alcançou 71% na média entre janeiro e maio, dois pontos acima da de igual período de 2020, mostrando melhorias significativas em sete dos oito grupos avaliados.

Na análise dos últimos 12 meses, de junho de 2020 a maio de 2021, sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume são positivos (vale lembrar que, nessa comparação, as taxas também são crescentes): produção subiu 7,07% (contra +3,04% nos 12 meses anteriores) e vendas internas cresceram 13,69% (contra +9,49% nos 12 meses anteriores). A ocupação das plantas foi de 73% na média dos últimos 12 meses, quatro pontos acima daquela registrada nos 12 meses anteriores.

“Apesar do ritmo positivo dos últimos meses, permanece a preocupação do setor com o baixo nível de ocupação das plantas, especialmente em um momento em que a demanda por produtos químicos tem crescido no País, evidenciando a dificuldade de se produzir com competitividade no mercado local. Também há receio com o impacto de uma possível terceira variante da pandemia e com a crise hídrica que se aproxima do País”, alerta a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

No que se refere ao CAN, a variável cresceu 12,6% na comparação dos últimos 12 meses encerrados em maio, sobre igual período imediatamente anterior, dois pontos percentuais acima do que havia crescido nos 12 meses anteriores. A abertura dos componentes do CAN teve o seguinte desempenho: como já mencionado, a produção cresceu 7,07% (contra 3,04% nos 12 meses anteriores), exportações caíram 14,6% (contra 11,4% no período anterior), enquanto o volume importado, dos mesmos produtos, teve crescimento de 13,8% (com manutenção do ritmo exibido nos 12 meses anteriores).

O Brasil precisa reverter esse ciclo vicioso, especialmente pela importância e essencialidade da química para todas as demais cadeias de produção. A química vem trabalhando sem parar durante todo o período mais crítico da COVID-19, fazendo o possível para contribuir no combate, na prevenção e no tratamento do vírus, com produtos que ajudam na higienização dos ambientes (cloro, álcool gel, sanitizantes, desinfetantes, detergentes, entre outros) e outros que entram na linha de frente diretamente nos hospitais (medicamentos, oxigênio, anestésicos, luvas, máscaras cirúrgicas e descartáveis em geral, bolsas de sangue, seringas, dentre outros).

“É sabido, pelos inúmeros exemplos que ocorreram pelo mundo, que elevar a produção da química ajudará no desenvolvimento do Brasil, na agregação de valor a recursos básicos, que por sorte são abundantes no país, na geração de empregos de qualidade, na elevação dos investimentos em pesquisa e em desenvolvimento, tão essenciais para gerar riqueza, contribuindo para um círculo virtuoso de prosperidade e crescimento”, completa Fátima Giovanna.

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