Publicidade
Anuncie

Nova alternativa de crédito para o setor de tintas

10/11/2021 - 08:11

TruePay tem como principal objetivo melhorar as relações comerciais entre indústrias e lojistas, possibilitando que mais negócios aconteçam e o setor como um todo prospere

A TruePay foi fundada por Pedro Sônego de Oliveira e Luis Eduardo Cascão, em dezembro de 2020, na cidade de São Paulo, mas a sua história antecede a fundação. Os empreendedores se conheceram na faculdade FGV. Ambos vieram de famílias empreendedoras e viram de perto o excesso de burocracia enfrentado por varejistas para acessar capital de giro e tocar o dia a dia do seu negócio. Ao mesmo tempo, entenderam a dificuldade que é vender para PMEs no Brasil, devido à necessidade de disponibilizar crédito que os fornecedores possuem para conseguir vender.

Após trabalharem no mercado de Venture Capital, Pedro Oliveira na Kaszek, e Luis Cascão na DNA Capital, analisaram muitas fintechs, ao longo dos últimos anos, e perceberam que este problema era grande demais para não ser resolvido e que tem atrasado o crescimento do B2B no Brasil há muito tempo. “O impasse encontrado foi que os varejistas no Brasil são vítimas de um cenário onde eles vendem com muito e compram com pouco prazo, carregando a economia do país nas costas, mas sem nenhuma fonte de capital minimamente justa para arcar com esse descasamento. Por isso, acabam recorrendo a outras soluções, como antecipação de recebíveis e pegar crédito com juros abusivos nos bancos. E na outra ponta há os fornecedores desses varejistas, que acabam tendo que escolher muitas vezes entre não vender ou dar crédito a eles, correndo o risco da inadimplência”, explica Cascão.

A empresa nasceu justamente para quebrar esse bloqueio e transformar a relação em um ganha-ganha, afirma Oliveira. “Utilizando a plataforma, o varejista pode usar seus recebíveis de cartão de crédito, que estão como saldo nas maquininhas, como forma de pagamento, na prática, ganhando mais limite para comprar de seus fornecedores e mais prazo, pois muitos deles não conseguem crédito com seu fornecedor. Além disso, a fintech já disponibiliza para os lojistas um limite de crédito baseado nos seus recebíveis a partir do momento em que é feito o cadastro.”

Em 2021, a empresa despertou o interesse da Kaszek (Nubank, Creditas) e da Monashees (Rappi, Loggi), dois dos maiores fundos de venture capital da América Latina, que co-lideraram a rodada seed de R$ 45 milhões, um dos maiores valores levantados no Brasil para uma empresa em estágio inicial. A rodada também contou com a participação dos fundos GFC e ONEVC.

O negócio

A TruePay é uma fintech que chegou ao mercado para revolucionar os processos de meios de pagamento B2B e mudar a realidade para que empreender no Brasil não seja uma missão impossível, conta Oliveira. “Com o nosso modelo de negócio, permitimos que a indústria aumente suas vendas ao oferecer mais crédito para seus clientes, tendo os recebíveis de cartão do lojista como garantia desse pagamento. Para a indústria, em geral, a inadimplência não costuma ser uma grande dor, devido a uma política de crédito conservadora, mas essa situação traz uma consequência negativa: a perda de vendas.”

Já Cascão informa que modelos de risco e crédito refinados são muito caros e difíceis de serem construídos e a resposta dos fabricantes tende a focar em minimizar perdas com inadimplência. “Com a TruePay, a indústria consegue vender para clientes que antes não venderia, sem risco. Nós garantimos o pagamento, pois transferimos a titularidade dos recebíveis do varejo, passando a receber diretamente o pagamento feito pelos cartões de crédito. Assim, a indústria consegue oferecer crédito para clientes novos, vender para clientes inadimplentes, vender mais para clientes que querem mais crédito e aumentar seu share em clientes já existentes. Esse pode ser um enorme diferencial, especialmente em um setor tão competitivo quanto de tintas. É uma verdadeira revolução comercial e escolhemos o mercado de tintas para iniciar nossos trabalhos.”

Deficiências do mercado brasileiro

Um grande problema que foi identificado pelos co-fundadores da TruePay é que, no mercado brasileiro, quem realmente oferece crédito para o pequeno e médio varejo é a indústria. “Por um lado, os pequenos varejistas recebem uma pressão enorme por melhores condições de pagamento. Seu cliente quer pagar com o maior prazo possível, parcelando ao máximo no cartão. Por outro lado, eles não conseguem acessar linhas de crédito para financiar seu capital de giro. Os grandes bancos, tanto públicos quanto privados, consideram arriscado demais emprestar para eles, levando ao pequeno varejista a precisar antecipar seus recebíveis junto aos adquirentes, mediante o pagamento de taxas abusivas”, relata Oliveira.

Desta forma, o único parceiro de verdade do pequeno e médio varejo é a indústria, destaca Cascão. “Mas devido à dificuldade de construir modelos preditivos de risco refinados, os fabricantes costumam adotar políticas conservadoras de crédito. Além disso, o core business da indústria de tinta é fabricar tinta e não dar crédito, mas é a função que eles têm feito atualmente.

Com a TruePay, a indústria consegue oferecer mais crédito para seus clientes, sem assumir para si os riscos inerentes dessa operação. Nossa empresa sempre garante o recebimento, usando os recebíveis de cartão como forma de pagamento.”

Facilidades de crédito para o mercado varejista

Para o varejo, a principal facilidade está em conseguir crédito sem custo financeiro, com base na sua capacidade de gerar recebíveis, informa Oliveira. “Enquanto eles fizerem vendas por meio de cartões de crédito, eles podem acessar crédito com a TruePay. Vale ressaltar que o varejista não paga absolutamente nada para usar a TruePay. Cobramos uma taxa fixa da indústria pelas suas vendas por meio da nossa empresa, pois agora podem vender mais sem se preocupar com o risco de não receber. Funciona como o sistema de cartão de crédito. O cliente, pessoa física, não paga para comprar usando o cartão, mas o varejo paga por fazer uma venda usando esse meio de pagamento.”

Para que ocorra a transação, é necessário que, tanto o varejo quanto a indústria, estejam cadastrados no sistema da TruePay, explica Cascão. “O sistema é simples: após o lojista ter feito um pedido escolhendo TruePay como forma de pagamento, a indústria gera uma cobrança por meio da plataforma que deve ser aprovada pelo comprador. Assim, a titularidade dos recebíveis é transferida do lojista para a indústria, que agora tem aqueles pagamentos garantidos dentro do prazo combinado.”

Expectativas

As expectativas da TruePay são enormes no mercado de tintas. “Esse é um setor cujas vendas com cartão de crédito são muito expressivas, com montantes elevados e uma grande pressão por parcelamento por parte dos clientes. Temos muito a contribuir com a melhora financeira do varejo de tintas, zerando seu custo financeiro, aumentando seu capital de giro e potencializando suas vendas ao melhorar as condições de pagamento aos seus clientes. Já temos alguns fabricantes de tintas utilizando a TruePay e os resultados têm sido animadores. Seus representantes comerciais estão nos apoiando, oferecendo diretamente ao varejo a nossa solução, é um modelo de parceria ganha-ganha”, conclui os co-fundadores da TruePay.

  Mais notícias