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como ONGs, vizinhos e políticos.
Em qualquer caso, ele considera que a crise
é também uma oportunidade para conhecer
falhas, construir e preservar a imagem da em-
presa. Deu importantes dicas sobre como agir
no início de qualquer ocorrência que possa a
vir ser caracterizada como uma crise: “Regis-
trar todos os contatos recebidos, sem descar-
tar nenhum de antemão e coletar o máximo
de informações e nunca negar que pode exis-
tir umproblema”. Resumiu tambémos princí-
pios básicos para um gerenciamento efcaz de
crise: “Antecipar-se e desenvolver relaciona-
mentos baseados em confança e credibilida-
de; reagir rapidamente; ter uma versão única
para os fatos e sempre falar a verdade.”
José Geraldo Tognon, supervisor do departa-
mento de gerenciamento de riscos da Renner-
Sayerlack, relatou a experiência do Plano de
Auxílio Mútuo (PAM), criado e implantado
com grande sucesso em Jordanésia, na Gran-
de São Paulo. “É uma região sem recursos e
desprovida de Corpo de Bombeiros. Depois
de conhecer experiências em outras regiões,
em 2002 a Sayerlack reuniu empresas da lo-
calidade para debater o tema, dando início
ao processo de formação do PAM, que reuniu
seis empresas”, conta. O funcionamento e os
objetivos do plano foram defnidos e, perio-
dicamente, vêm sendo desenvolvidos treina-
mentos e exercícios de simulação variados, de
acordo com os principais riscos apontados pe-
las empresas participantes. “O PAM atuou em
algumas ocorrências reais, que foram testes
efetivos.As primeiras delas foram leves, como
o caso de uma ruptura de válvula do tanque
de querosene de um caminhão. A prova de
fogo foi uma explosão seguida de incêndio
em dutos de exaustão e fltros de manga
numa das empresas. Ali fcou demonstrado
que todo o investimento feito foi válido, pois
foi evitado um acidente muito grave, já que
os bombeiros só chegaram mais de três horas
depois”, relembra.
Tognon informou ainda que o PAM está sem-
pre evoluindo. A mais recente conquista foi
arrecadar recursos e construir, bem próxi-
mo ao distrito industrial, um posto do Cor-
po de Bombeiros, que entrará em operação
ainda este ano.
Finalizando o seminário, o Programa de Qua-
lidade de Vida da Henkel foi apresentado por
JoãoMascarenhas,médico do trabalho da em-
presa. Estruturado para promover o bem-estar
dos colaboradores, é uma iniciativa exemplar,
que vem trazendo resultados muito positivos.
“O programa contempla três esferas da saú-
de: física, psicológica e fnanceira. Sua base
são ações preventivas contra doenças e aci-
dentes”, explicou. Entre elas, estão a ginástica
laboral, caminhadas ecológicas, campanhas
de vacinação e de controle de colesterol e dia-
betes. “Recentemente, introduzimos ativida-
Milton Norio Sogabe, engenheiro
da área de qualidade do ar da
Cetesb (Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental)
“A poluição do ar é um problema crítico
no mundo, em especial em regiões
metropolitanas. É preciso lembrar
que os principais poluentes causam
problemas críticos de saúde e, em elevada
concentração, podem levar à morte”
Sérgio Graff, médico toxicologista
“Antecipar-se e desenvolver relacionamentos
baseados em confança e credibilidade;
reagir rapidamente; ter uma versão única
para os fatos e sempre falar a verdade.”
des como campanhas de prevenção a aids e
dengue, palestras de educação fnanceira e o
Programa de Orientação Pessoal, voltado para
a solução de problemas fnanceiros, jurídicos e
psicológicos”, diz. Uma iniciativa de combate
ao estresse que chamou a atenção foi o Pro-
gramaApagão, que estabelece o apagamento
das luzes da área administrativa às 19 horas,
para evitar que os colaboradores fquem tra-
balhando até muito tarde.
O programa está sempre em evolução e ali-
nhado ao que acontece no mundo. Masca-
renhas relatou, por exemplo, o plano pandê-
mico desenvolvido em relação à gripe suína
(H1N1), que incluiu orientações a funcioná-
rios e familiares sobre o tema, fornecimento
de kit com Tamifu aos viajantes, controle
do retorno do funcionário de países mais
afetados, vacinação contra a gripe comum
e outras ações. “Entre as metas para 2010
estão a criação de programas de nutrição,
de eliminação do fumo na empresa, de
vacinação contra HPG, além do Programa
Vamos Deixar a Henkel Mais Leve, voltado
para a redução de peso dos colaboradores”,
adiantou Mascarenhas.