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TEXTURAS
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A rainha das paredes
A textura venceu limites arcaicos para tomar
conta do mercado e se tornar a opção princi-
pal em relação a outros tipos de acabamento
Com a economia aquecida e uma moeda
competitiva, o Brasil, há alguns anos,
vive a avalanche da construção civil.
Nunca antes na história deste país tanta
gente comprou – e consequentemente
vendeu – imóveis, dos mais simples aos
de alto padrão.
Conforme pesquisa divulgada pela Funda-
ção Getúlio Vargas (FGV), encomendada
pelo Sindicato da Indústria da Construção
Civil do Estado de São Paulo, a cadeia de
construção composta pelo mercado imo-
biliário, obras públicas e pelo segmento
privado de obras de ampliação de unida-
des comerciais e industriais deverá ter um
crescimento real de 8,8% em 2010.
Especifcamente na área residencial, a
expectativa é de movimentar mais de
R$ 202 bilhões. Após passar pela crise,
sempre sendo incentivado a não parar
de gastar para não perder seu próprio
emprego, o consumidor hoje sente mais
confança e a oferta de crédito jorra, mas
com responsabilidade. A movimentação –
elevação de classes sociais – da sociedade
brasileira trouxe boas novas para todos.
Com elas, surgem novos gostos, prefe-
rências e tendências que antes não eram
nem notadas.
Sinal, evidente, dos tempos. Com dinheiro
no bolso, queiram ou não, tudo fca mais
fácil. Até as paredes já não são as mes-
mas; quanta
diferença! A
textura venceu limites
arcaicos para tomar conta
do mercado e se tornar
a opção principal em relação a outros
tipos de acabamento. “O segmento de
revestimento acrílico texturizado aquece
na mesma batida do mercado de tintas.
Esse tipo de produto vive uma ‘curva de
maturação’, diferentemente de quando
surgiu no Brasil, no fnal dos anos 90. Por
isso, é importante oferecer ao consumidor
alternativas de acabamento que facilitem
a obra e ainda tenham um efeito decora-
tivo. Isso porque o conceito de pintura e
obra está ligado ao conceito de bem-
-estar, de manter a casa e os ambientes
bonitos. Porém como a demanda é boa há
a necessidade de ser cauteloso na hora
de comprar. Há chance de comprar gato
por lebre. Há quatro anos, a Hydronorth
comprou a marca de revestimento acrílico
Graffato e passou a produzi-la com
exclusividade, resgatando o nome do
produto no mercado graças à qualidade
superior dos componentes da formulação
exclusiva italiana. Mas várias vezes outras
fabricantes vendem esse tipo de revesti-
mento usando o nome Graffato, lançando
mão do pioneirismo e tradição desta mar-
ca, numa tentativa de legitimar o produto
comercializado”, conta Fábio Munhoz,
gerente de marketing da Hydronorth.
Valter Bispo, gerente de produtos da
Tintas Eucatex, observa que a textura
hoje é um produto que faz as vezes do
acabamento – para quem procura efeitos
diferenciados – ou exerce a função de
fundo e acabamento, nivelando pare-
des ao mesmo tempo que proporciona
acabamento. “Essa característica abre as
portas do mercado para o produto que é
consumido em todas as classes sociais.
Nos últimos meses, o mercado de texturas
cresce na proporção de dois dígitos”,
completa Bispo.
Menor custo se comparado a outros tipos
de acabamento é outro diferencial que
não atrapalha em nada a disseminação
da textura. “Há 20 anos era comum
encontrar paredes de alvenaria com
revestimento de pedras, papel de parede,
cerâmicas, entre outros. Esses revestimen-
tos trazem ao consumidor alto grau de
investimento, como contratação de mão
de obra especializada. Mesmo assim, o
resultado fnal nem sempre agradava,
porém devido ao custo do retrabalho não
se fazia mudança. Hoje, o mercado de tex-
Por Fábio Sabbag