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turas tomou o lugar desses revestimentos
antigos, oferecendo opções de desenhos,
cores e facilidade de aplicação com custos
menores. Além de proteger, a textura
pode esconder imperfeições de paredes
internas e externas”, fala Lilian Cheles,
gerente de laboratório da AkzoNobel  Tin-
tas Decorativas.
Comprovadamente a aplicação da textura
já passou da teoria à prática. “O mercado
de textura cresce desde sua implanta-
ção, no fnal dos anos 80. A prática de
aplicação de textura, com a fnalidade de
decorar ambientes, se tornou constante
nas casas dos brasileiros. É muito comum
o consumidor chegar à loja de tinta e
acrescentar no pedido uma lata de textura
para dar a uma parede um toque persona-
lizado e decorativo. Com o advento das
pinturas especiais a procura aumentou
consideravelmente”, avalia Elaine Janeri,
gerente de marketing e produtos – Tin-
tas Arquitetônica, e Plínio Albuquerque,
assistente técnico Tintas Arquitetônicas da
PPG, especialistas em técnicas especiais.
Na opinião de William Hamam, coordena-
dor de produtos da Futura Tintas, o custo
é bastante atraente e o resultado estético
está em alta: “Nas fachadas dos prédios
também são muito bem-aceitas pelas
construtoras, pois podem ser aplicadas so-
bre reboco selado, sem a necessidade de
massas niveladoras. O maior desafo que
enfrentamos é, sem dúvida, a qualifcação
da mão de obra. Por esse motivo, a Futu-
ra, ao longo do ano, promoveu cursos de
aperfeiçoamento de técnicas de pintura e
aplicação de textura em todo o País.”
Já Kleber Tammerik, coodenador de
serviços ao mercado, e Karina Mônaco,
coordenadora de marketing – Efeitos De-
corativos, ambos da Suvinil, ressaltam que
o mercado de textura tomou o lugar dos
revestimentos antigos por oferecer cada
vez mais opções diferentes de desenhos,
cores e facilidade de aplicação. “A textura
tem sido muito bem-aceita pelos brasi-
leiros que buscam proteção e praticidade
aos ambientes. A aceitação ainda aconte-
ce porque ela tem durabilidade e porque
garante mais resistência do que uma tinta
de acabamento. Além disso, a textura
proporciona um espaço renovado e cheio
de personalidade de maneira rápida e
simples”, completam Tammerik e Karina.
Ricardo Araújo Pedro, da equipe técnica
da Brasilux, argumenta que o Brasil é
um país cheio de modas e manias. “Por
isso, a criação de novas cores e formas da
arquitetura moderna contribuem direta-
mente para um acabamento à altura. E as
texturas dão um show de desempenho.
Hoje é a melhor e mais bela forma de
expressar a arte nos imóveis, tornando-os
exclusivos”, completa Pedro.
Do it yourself – Faça você mesmo
Bem explorado em outros países, o “do it
yourself” no Brasil ainda é uma ação em
desenvolvimento. Até por uma questão
cultural, o consumidor brasileiro tende
a contratar profssionais especializados
(quando estes existem ou estão dispo-
níveis), evitando, literalmente, a mão na
massa. “Em relação a outros países, no
Brasil ainda é muito pequena a quantida-
de de pessoas que se arriscam a aplicar
produtos, pois isso ainda está muito
ligado ao poder aquisitivo do consumidor.
Evidenciando a facilidade na aplicação
dos produtos e que o custo da mão de
obra, em muitos casos, gira em torno de
cinco vezes o valor do produto, estimula-
remos a prática do ‘faça você mesmo’”,
fala William Saraiva, gerente de produto
Laboratório Pesquisa & Desenvolvimento
da Lukscolor Tintas.
Fernanda Colucci, do marketing da Tintas
Real, ressalta que apesar da facilidade
de manuseio, a aplicação da textura
requer certa técnica de aplicação: “Alguns
detalhes são muito importantes, como,
por exemplo, emendas, forma de aplicar
e sentido do rolo de texturizar. Quando
o assunto é revestimento texturizado,
percebemos que o consumidor não se
arrisca. Por isso, contrata um profssional
de pintura.”
Fernando Rodrigues, do departamento
de marketing da Tintas Vidacor, levanta
outro lado da questão: “As crises vividas
pelo Brasil nos últimos anos fzeram
o brasileiro trabalhar ‘por conta’, para
reduzir custos. Hoje, mesmo com o mer-
cado aquecido, o brasileiro aprendeu a
economizar e na aplicação de textura não
poderia ser diferente. Segundo os lojistas,
são muitos os clientes que compram esse
tipo de produto para aplicação. Acredito
que políticas de treinamento seriam muito
interessantes.”
A escassez de profssionais também esti-
mula a ousadia do aprendizado. “Acredito
que por falta de profssionais capacitados
no mercado o consumidor acaba optando
por ‘arriscar’ mais na pintura do ambiente.
Uma boa forma de ajudar aqueles que
preferem se arriscar seria disponibilizando
material explicativo, mostrando o ‘passo a
passo’ da aplicação do produto. No caso
da textura, o melhor a fazer ainda é con-
tratar um profssional para aplicação, já
que é exigido um pouco mais de técnica
e experiência na aplicação desse tipo de
produto”, fala Diogo Coelho, coordenador
de marketing da Afe Tintas. Zaine Cristina