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Coma aproximação do fimdo ano, o comércio começa a se preparar para
as vendas de Natal. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o pagamento do 13º
salário irá injetar pouco mais de R$ 130 bilhões na economia brasileira
até dezembro, R$ 13 bilhões a mais do que em 2011. O montante corres-
ponde a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, beneficiando cerca
de 80 milhões de brasileiros. 
Dos R$ 131 bilhões, um terço (cerca de 43 bilhões) deve ser destinado
para o pagamento de dívidas, emespecial do cartão de crédito, do cheque
especial e de empréstimos pessoais que possuem altas taxas de juros. Um
terço vai para os compromissos de começo de ano, tal como despesas
escolares, pagamento de impostos e gastos com férias, e apenas um terço
será utilizado para o consumo.
O estado de São Paulo, maior vigor econômico do País, deverá receber
cerca de R$ 40 bilhões, aproximadamente 30% do total do Brasil, e cerca
medidas de estímulo ao setor automobilístico, mas mesmo no varejo res-
trito o volume de vendas é cerca de 10% superior a 2011. Isso se dá por
conta do número crescente de famílias que possuem imóveis próprios, o
que favorece os gastos com reforma e manutenção.
Mais que as projeções para 2013, aAbramat divulgou o estudo completo
do perfil da cadeia produtiva da construção e da indústria de materiais e
equipamentos, referente ao ano de 2011. Esse material apresenta, anu-
almente, os números mais relevantes da cadeia produtiva da construção,
sendo a principal referência de informações econômicas do setor.A maior
novidade neste ano está no mapeamento dos canais de distribuição dos
produtos da indústria de materiais e os resultados da pesquisa detalhada
do perfil de despesas das famílias brasileiras commateriais de construção.
13º salário injetará mais de R$ 130 bilhões na economia
Segundo a entidade, um terço desse valor será destinado para o pagamento de dívidas
de 60% da Região Sudeste. A cifra representa algo próximo de 2,7% do
PIB estadual. Separando os números por região, algo em torno de R$ 22,5
bilhões deve ser injetado na região metropolitana de São Paulo (56% do
total do estado), R$ 14,5 bilhões na capital, R$ 1,7 bilhão no litoral e R$
15,7 bilhões no interior. 
É importante lembrar que uma boa parcela desse montante já foi injetada
na economia ao longo do ano, seja como forma de adiantamento nas
férias, seja por meio de acordo coletivo ou política da empresa. Entre-
tanto, a maior parte, cerca de 70% do total, será paga no fim do ano.
Além do dinheiro extra, o mercado de crédito, que vem crescendo com
a trajetória de queda da taxa básica de juros, ajudará a impulsionar a
economia e as vendas de fim de ano.
Desde o Natal passado, a Selic já caiu 3,75 pontos percentuais, para
7,25% ao ano, o menor patamar da série histórica desde 1999, quando
se adotou o regime de metas de inflação. 
Observando a constante evolução dos indicadores de emprego e renda,
estabilidade nos níveis de inadimplência e sinais de confiança do con-
sumidor, pode afirmar-se que o endividamento está sob controle e que
ainda há espaço para crescer. Pesquisa da Fecomercio-SP mostrou retra-
ção de dois pontos percentuais no número de famílias endividadas em
setembro, de 53,5%para 51,5%. Já o Índice de Confiança do Consumidor
segue em trajetória de alta, acima dos 150 pontos, impulsionado pelas
medidas de expansão da atividade econômica, como o barateamento do
crédito, desonerações e incentivos a investimentos.