Revista Lojas de Tintas - Edição 154 - page 7

Lojas de Tintas
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omeu trabalhoaumpúblico infinito.Pormaisquenasexposições
eu tenha uma boa visualização e aceitação, não é, infelizmente,
algoque fazparteda cultura ir agaleriasoua centros culturais.O
grafite conseguedemocratizar aarte.”
Estilodaartista
Umafigura semprepresentenosdesenhosdeAndréaéamulher.
Tantonas telasquantonosquadroselasestãopresentes. Elemen-
tos do mar tambémmarcam os trabalhos: peixes, sereias e es-
camas. Porém, ela não se limita a usar apenas telas ou paredes;
trabalha com superfícies bemdiversas, como caixas depapelãoe
embalagens PET, entre outros objetos que são descartados com
frequência. A artista sempre gostou de usar tais materiais, mas
dandoaulasem comunidadesdoRiode Janeiroficoumais claraa
importânciadepeçasdescartadas. “Adificuldadefinanceiraéuma
realidadede vários alunos. Eles nãotinham condiçãode comprar
algunsmateriais e a prefeitura não ajudava. Eu pedia omaterial
no iníciodoano,mas chegava comquatromesesdeatrasoeape-
nasmetade do que eu havia solicitado. Não podia deixar de dar
aulaspornão termaterial. Então, usávamosgarrafas, embalagens
TetraPack, caixas depapelão. O lance, naépoca, erausar umob-
jetodescartadoedar umaoutra funçãoparaele,mais sedutorae
útil.” Ao todo, foram oito anos atuando
em três comunidades: Fonseca, Juruju-
bae IlhadaConceição.
A última exposição da artista trouxe
muitas das técnicas ensinadas nas co-
munidades. Ela misturou grafite, peda-
ços de madeira e muita cor. Além da
galeria de arte, os trabalhos da artista
estão espalhados em Acari, Barra da
Tijuca, Coelho Neto, Engenho de Den-
tro, VicentedeCarvalho, Santa Tereza e
principalmenteemNiterói.
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