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IMPERMEABILIZANTES
Quando o presidente Lula anunciou no dia
25 de março o Programa Minha Casa Minha
Vida, através do qual fcou determinada a dis-
ponibilização de R$ 34 bilhões para a cons-
trução de um milhão de moradias populares,
a primeira reação do mercado foi de aplaudir
em pé tal atitude. Mas para os fornecedores
de impermeabilizantes, apesar de essa atitu-
de certamente ter conotações positivas para
o setor, ainda são necessárias outras ações
governamentais.
Uma delas é a prorrogação da redução da IPI
no segmento de construção civil, que fcou
limitado em três meses. “A construção é um
processo demédio e longo prazo e as medidas
de incentivo devem acompanhar esse perío-
do”, aponta Sergio Guerra, diretor comercial
da Denver Impermeabilizantes, que também
defende a expansão dessas medidas para
outros produtos essenciais ao processo cons-
Incentivos à impermeabilização
Com as ações go-
vernamentais para
coibir a crise atual
na economia bra-
sileira, fabricantes
de impermeabi-
lizantes ganham
um novo fôlego
em suas vendas.
Maristela Rizzo
trutivo e à qualidade e durabilidade das obras,
como as mantas asfálticas.
Outro ponto que as empresas ainda esperam
que o governo cumpra é a promessa de dimi-
nuir a carga tributária dos inúmeros impostos
que incidem sobre as empresas. “Medidas
como a construção de um grande número de
casas populares e maior oferta de crédito são
sempre muito bem-vindas. Mas, se o governo
diminuísseacarga tributáriadas empresas aju-
daria imensamente não somente a construção
civil, mas também vários setores da economia
brasileira, que impulsionam essa grande pro-
messa de potência econômica que é o Brasil”,
visualiza Tiago Gobbi, diretor administrativo
daArquiplast Tintas e Revestimentos.
Mas o fato é que
realmente o Pro-
grama Minha
Casa Minha Vida
certamente vem em boa hora, devido aos
incentivos que certamente aquecerão a de-
manda de materiais básicos das obras, como
cimento, aço, dentre outros. Já no caso, dos
impermeabilizantes, a opinião do mercado
é de que a maior procura será por produtos
de tecnologia mais antiga, que são utilizados
como aditivos na massa. “São itens mais uti-
lizados com mais frequência pela classe bai-
xa. Já os impermeabilizantes de tecnologias
modernas, aplicados como revestimento, são
empregados por consumidores de maior po-
der aquisitivo e, portanto, sofrerão impacto
menor com o programa”, pondera Luiz Ro-
drigo deVasconcellos, diretor de marketing da
VedBem/Mactra.
Segundo ele, ess diferença ocorre pelo fato de
que proprietários de imóveis de alto padrão
buscam minimizar os riscos, como eventuais
problemas de umidade, que acabam danif-