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cando os materiais de acabamento – que são,
geralmente, itens muito caros –, provocando
altos prejuízos aos donos do imóvel.
Outro ponto positivo nesse programa, se-
gundo informa Guerra, foi a preocupação do
governo em incluir na cartilha do programa
a obrigatoriedade de as obras terem em sua
fundação e lajes expostas o processo de im-
permeabilização, o que demonstra um grande
avanço às especifcações tradicionais.
Esse esclarecimento, na opinião de Henrique
Setti, gerente de marketing da Viapol, deveria
ser uma prática direcionada a todos. “O go-
verno deveria preservar o patrimônio de cada
brasileiro com informações técnicas adicionais,
como ummanual do proprietário, indicando o
uso de impermeabilizantes adequados para
cada situação”.Alémdisso, o profssional é fa-
vorável à criação de uma disciplina específca
pelo MEC, o que garantiria uma boa margem
de segurança quanto ao bom uso da imper-
meabilização.
A crise
Apesar de ainda ser cedo para falar sobre o
quanto esse programa repercurtirá nas ven-
das de impermeabilizantes, o xis da questão
é se ele conseguirá realmente reverter a atual
situação do varejo brasileiro de construção ci-
vil, situação que já repercute negativamente
no primeiro bimestre de 2009, quando o setor
registrou queda de 12% em comparação com
o mesmo período do ano anterior. Em janeiro,
as vendas caíram 11,5% e o faturamento das
lojas teve uma redução de 12% na compara-
ção com janeiro de 2008. Já na relação feve-
reiro 2009 com fevereiro de 2008, o setor teve
queda de 12,5% em faturamento e de 5% no
volume de vendas.
“Atémesmo os produtos que já têmo IPI zera-
do não saíram das prateleiras, em função des-
sa expectativa de possível redução de preços
ao consumidor. O cliente adiou as obras e as
próprias lojas adiaram as encomendas para a
indústria, passando a fazer pedidos a conta-
gotas”, explica Cláudio Conz, presidente da
Anamaco (Associação Nacional dos Comer-
ciantes de Material de Construção).
Em função desses índices do setor a entidade
teve que rever a sua expectativa de desem-
penho para 2009, que antes previa um cres-
cimento de 8,5% sobre 2008. “As vendas em
janeiro e fevereiro fcaram aquém do que
estávamos esperando e, em função disso,
tivemos que readequar a nossa perspectiva
para o ano. Mas continuamos falando em
crescimento, mas de 5% em 2009, o que
para nós será um grande feito, pois vimos
de quatro anos de um bom crescimento
consecutivo”, explica Conz.
Para Fábio Munhoz, gerente de marketing da
Hydronorth, a queda no varejo de forma ge-
ral está relacionada à cautela nos negócios
“Apresentaremos produtos que garantem
maior velocidade aos processos construtivos
e que estão aptos a serem utilizados em
obras populares”
Sergio Guerra, diretor comercial da
Denver Impermeabilizantes