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PAINT & PINTURA
Julho 2011
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as compras externas somaram US$ 11,8 bilhões, o que representa aumento de 21,8% na comparação com
igual período do ano passado.
As exportações alcançaram US$ 1,2 bilhão em abril, recuando 3,1% ante março. Em relação a abril de
2010, as vendas externas cresceram 15,4%. De janeiro a abril, as exportações, de US$ 4,7 bilhões, tiveram
incremento de 14,8% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado. O déficit na balança
comercial de produtos químicos, até abril, chegou a US$ 7,1 bilhões.
Os produtos químicos representaram 17,8% do total de US$ 66,4 bilhões em importações e 6,5% dos US$
71,4 bilhões em exportações realizadas pelo País de janeiro a abril. As importações de produtos químicos
movimentaram 10,2 milhões de toneladas. O volume das exportações chegou a 4 milhões de toneladas.
Consumo aparente nacional cresceu 4,20% até abril
Os principais índices do segmento de produtos químicos de uso industrial mostram uma redução no
ritmo, principalmente em volumes, no mês de abril deste ano: produção -5,72% e vendas internas
-8,10%. Em relação aos preços, houve alta de 0,43%. No acumulado do 1º quadrimestre de 2011, o índice
de produção exibiu recuo de 5,56% em relação a igual período do ano anterior, e o de vendas internas
teve queda de 5,83%.
Esses índices estão sendo afetados também pelo “apagão” de energia elétrica que atingiu a Região Nordeste
no início de fevereiro deste ano e que, ainda em abril, exibia impactos, principalmente no grupo de produtos
petroquímicos básicos. Além disso, no grupo de intermediários para fertilizantes, cujo peso é elevado em ter-
mos de volume, houve forte redução por conta da sazonalidade, o que colaborou para os resultados negati-
vos da média geral. Com relação aos preços, o índice dos primeiros quatro meses exibe elevação de 13,66%,
comparado com igual período do ano passado. Como informado no mês anterior, em bases anualizadas, o
segmento vem perdendo dinamismo desde janeiro. Para agravar a situação, de maio de 2010 a abril de 2011,
sobre igual período imediatamente anterior, o índice de produção registrou resultado negativo (-0,05%). Na
mesma comparação, o índice de vendas internas cresceu apenas 0,99%. Vale lembrar que, no encerramento
do ano passado, os dois índices registravam crescimentos anuais próximos a 7%.
O consumo aparente nacional (CAN) dos produtos amostrados no RAC, por outro lado, continua apre-
sentando melhora, com alta de 4,20% no 1º quadrimestre de 2011 sobre igual período do ano anterior.
Como a produção caiu nesse período, toda a elevação da demanda no mercado nacional foi atendida por
acréscimos na parcela de importação, cujo volume subiu expressivos 28,6% nos quatro primeiros meses do
ano. Essa situação tem se agravado no período recente pela apreciação do real em relação ao dólar.
O crescente aumento das importações, vis-à-vis a crescente perda de competitividade da indústria química
no mercado nacional, está desestimulando a realização de importantes investimentos no segmento. Vale
lembrar que a indústria química é intensiva em capital e leva de dois a três anos para concluir um inves-
timento após sua aprovação. Com isso, o País está perdendo um tempo precioso nessa importante etapa de
definições. Por outro lado, a redução dos preços do gás natural nos Estados Unidos, sobretudo em decor-
rência das elevadas reservas de shale gas, está trazendo ganhos importantes de competitividade à indús-
tria química americana.
Vale registrar que, no período recente, algumas empresas, que tinham unidades de produtos químicos
paralisadas, estão retomando a produção no mercado americano, além de terem sido anunciados impor-
tantes novos investimentos naquela região, baseados em gás natural.
A variável pessoal ocupado cresceu 2,97% no 1º quadrimestre de 2011, sobre igual período do ano passado.
A massa salarial por empregado teve redução de 1,67% nos quatro primeiros meses do ano, e a massa
salarial ampliada subiu 4,56%, sobretudo pelo pagamento das participações nos lucros e resultados em
diversas empresas, pagas em março deste ano.