Revista Paint & Pintura - Edição 219 - page 23

PERSONALIDADE
PAINT&PINTURA |
Março2017 | 23
U
UMAHISTÓRIA FAMILIAR
PRESIDENTE DA CMP COMPLETA 50 ANOS DE CARREIRA E COMEMORA UMA TRAJETÓRIA DE
SUCESSONO SETORDE LATASDEAÇO
LUCÉLIAMONFARDINI
ma trajetória de 50 anos contada
numa única empresa. Assim se re-
sumeacarreiraprofissional de José
VilleladeAndradeNeto, presidente
da Companhia Metalgráphica Paulista
(CMP), que ingressou em 1967 e ajudou
a formar uma das principais fábricas de
latas de tintas do Brasil. “Minha carreira
foi a vida inteira na CMP. Por ser uma
empresa familiar, nasci e fui criadoprati-
camentenesse setor; comecei cedo, com
18 anos”, conta.
Formado em Economia em 1972, pela
Universidade de São Paulo (USP), Villela
temgrandesatisfaçãoeorgulhodecontar
como tudo aconteceu na empresa fami-
liar: “A CMP foi fundada em
1924, pelo meu avô, Lincoln
de Azevedo, pai de minha
mãe, Maria Regina Azevedo
VilleladeAndrade, que resol-
veu fabricar latas para a sua
fábrica de laticínios, principalmente, latas para manteiga. Em
1940, meu pai, José Villela de Andrade Junior, casou-se com
minhamãe, que era uma das herdeiras da CMP, uma empresa
que, na época, era quase de capital aberto, com cerca de 200
sócios. Meu pai foi comprando as ações e acabou adquirindo
100% da companhia.”
Em 1960,Villelacontaqueseupai fezumaparceriacomaempre-
sa Vigor. “Meu pai era um homem de classe, foi presidente da
ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), presidente emérito
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
contribuiu com o Sesi, Senai, e tinha muito conhecimento e
contato. Por isso, convidou a Vigor para ser sócia da CMP com
20% de participação. Essa parceria durou 10 anos e, após esse
período, a CMP se tornou uma empresa 100% familiar. Atual-
mente,minhamãe é a sóciamajoritária, com80%, e eu comos
20% restante”, ressalta Villela.
EVOLUÇÃODOMERCADO
Comcincodécadasdevivêncianomercado, Villela tambémpre-
senciougrande evoluçãodo setor de latas de aço. “Uma coisa
interessante e que fico impressionado é que quando comecei
a trabalhar na fábrica a nossa linha de produção era manual,
ou seja, fazíamos 40 latas por minuto com 40 profissionais
trabalhando.Depoisquecomeçamosa fazeros investimentos,
compramos uma linha queproduzia 400 latas porminuto com
apenas quatropessoas. Aumentamos 10 vezes aprodução (de
40para 400 latas porminuto) ediminuímos 10 vezes amãode
obra (de40para4pessoas). Hoje issoénormal; fuimeacostu-
mando com toda essamodernidade.”
JoséVilleladeAndradeNeto, presidentedaCMP
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