Revista Paint & Pintura - Edição 256

ARTIGO 10 | PAINT&PINTURA P Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates COMO CAPTURAR VALOR NA RETOMADA assados seis meses do início de nossa convivência com a pandemia, a indústria de tintas já vive a re- tomada dos negócios, especialmente nas áreas de consumo de tintas arquitetônicas e outros segmentos, como embalagens, repintura automotiva, manutenção industrial, cada um deles justificados por razões intrín- secas do setor, seja por demanda reprimida, definições de setores essenciais ou reabertura controlada de mercados. A indústria de tintas, obviamente, tem a expectativa de uma recuperação mais acelerada com perspectivas sólidas que permitam projetar e planejar os negócios, evitando descontinuidade e perda de mão de obra qualificada. Os estímulos financeiros na economia para recuperação, obviamente têm impactado positivamente. O realinhamento de preços de produtos e insumos tem alimentado a retomada, mas no planejamento demédio e longo prazos as empresas de tintas poderão ter sua rentabilidade comprometida por causa da volatilidade da moeda, custos de manufatura, custos logísticos e a ociosidade latente. A expectativa de volumes para o segundo semestre de 2020, aos níveis do segundo semestre de 2019, inde- pendentemente da sazonalidade típica, é uma possibilidade real, mas ainda não há uma certeza de continuidade. Mesmo com um grau de otimis- mo coma recuperação rápida dos mercados mencionados, o volu- me de 2021 ainda será levemente inferior de 2019, devido a lenta recuperação do setor automobi- lístico e indústrias relacionadas. Somente se atinge os patamares de volumes de 2013-2014 em 2024. Estamos em frente há mais uma década perdida. O gráfico comos volumes domercado total de tintas noBrasil, indexado ao ano de 2019, reflete claramente esta situação e parte de previsões de uma continuidade de crescimento nos anos vindouros, baseados na hipótese demelhorias estruturais na economia brasileira, retorno dos investimentos, redução do desemprego e melhoria da qualidade do consumo. A análise da progressão histórica do mercado torna-se muito importante, não por saudosismo, mas para um aprendizado cons- trutivo das atuais lideranças do setor. Muitas empresas, sobretudo as internacionais, comparam os resultados correntes contra a expectativa, previsão ou budgets previamente elaborados e per- dema perspectiva histórica do potencial latente de seus negócios, principalmente emmercados voláteis, como tem sido o brasileiro.

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