Revista Paint & Pintura - Edição 256

ARTIGO PAINT&PINTURA | 11 O cenário competitivo poderá se modificar nos próximos anos, devido às diferenças competitivas regionais ou oportunidades de nichos, onde as empresas mais enxutas e ágeis ocuparão os novos mercados. COMO SERÁ O PRICING DE PRODUTOS NOS PRÓXIMOS ANOS PARA CAPTURAR VALOR? Nestes últimos meses, a indústria reagiu com movimentos de pricing rápidos em vista da rápida ascensão do valor das moedas fortes em relação ao real. Esses movimentos, que geraram, por períodos curtos, a sensação de margens saudáveis, foram apenas táticos e adequados ao momento. Na retomada do crescimento estruturado urge que a indústria volte a ter uma política de preços estratégica: com foco nas funcionalidades e benefícios aos clientes. Como foi exemplificado no recente 47º Fórum Paint & Pintura de Tecnologia e Gestão em Tintas - região Centro-Oeste, que aconteceu em formato virtual, no dia 19/08, na palestra “Os caminhos do valor agregado - Ingredientes para o plano 2021-2024”. QUAIS OS PRINCIPAIS FOCOS NA PROCURA DA PRODUTIVIDADE? O perfil das organizações de tintas nos novos tempos está se modifi- cando. Além de enxuta, a organização deverá ser ágil, multidisciplinar e digitalmente “empoderada”. A organização está não somente se aprofundando no uso de novas ferramentas digitais, como também está evoluindo na capacidade de agir sobre os dados processados. Entender os riscos dos negócios e atuar de forma assertiva sobre eles será um diferencial competitivo entre empresas de tintas nos países emergentes como o nosso, que ao mesmo tempo demandam produ- tividade e acesso às novas tecnologias para se manterem no mercado. A Indústria de Tintas no nossomercado está nos primórdios da transfor- mação digital, onde uma parte visível está na distribuição de produtos e serviços. As empresas estão experimentando o acesso e uso doMarket Place, e-commerce, omnichannel e outras plataformas com pleno en- tendimento de que, para viabilizá-las, é preciso transformar a indústria. Todavia, a indústria caminha timidamente na automação de seus pro- cessos de manufatura e desenvolvimento de produtos. Existem no país diversas empresas que já atuamemplataformas de automação da produção de tintas e resinas integradas, desde o supply chain à aprova- ção de produtos nos mercados ou clientes. Algumas são startups, mas em todos os casos partem do princípio de mover a indústria de tintas e resinas da química reativa aos desejos do mercado para a química preditiva e, assim, abrir novos mercados, onde os acessos à tecnologia e produtividade fazem diferença. A indústria de tintas, pela sua tecnologia e acesso a materiais de fornecimento global, faz parte da rede global de fornecimento e necessita acelerar o aprendizado que precisa estar conectada em tempo real ao procurement e supply chain, para poder ter acesso aos custos competitivos de pro- duto, logística e escala. Como já comentado, a combinação de empresas enxutas, mais ágeis, regionalmente competitivas e associadas à agilidade de acessar tecnologias pode construir o novo cenário competitivo. Boa parte deste cenário também foi abordada no recente 47º FórumPaint & Pintura de Tecnologia e Gestão em Tintas - região Centro-Oeste, na nossa palestra: “A arte de colocar o novo em ação - Pla- nejamento 2021 - 2024.”

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