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sa mais preço, é mais fiel às marcas e exige qualidade dos produtos.”
Emse tratando de normas e qualidade,Cappra detalha ainda que a norma
daAbrafati veio para estabelecer uma classificação das tintas imobiliárias
em econômicas, standard e premium. Segundo ele, o que determina a
classificação é o cumprimento de requisitos mínimos relacionados ao po-
der de cobertura de tinta seca e de tinta úmida e a resistência à abrasão.
“A última revisão da norma determinou que as tintas látex econômicas
são indicadas para utilização apenas em ambientes internos, enquanto
as tintas standard e premium, que têm maior rendimento, cobertura e
durabilidade, podem ser usadas tanto em ambientes internos quanto ex-
ternos. O principal objetivo foi esclarecer a respeito da utilização correta
dos produtos para o consumidor e o público alvo, formado por pintores,
por exemplo. Nesse sentido, a mudança foi benéfica tanto para os con-
sumidores quanto para as empresas que investem em qualidade. Além
de regularizar o setor, a norma impede que sejam vendidas tintas com
preços mais baixos e de menor qualidade. É importante lembrar, no en-
tanto, que a preparação da superfície, a escolha da tinta e de produtos
complementares e a utilização das técnicas corretas para aplicação dos
produtos também influenciam no resultado da pintura”, detalha Cappra.
Ary Martinho Machado, diretor comercial da UniversoTintas, expõe que a
implantação do Programa Setorial de Qualidade da Abrafati é um marco
na história das tintas no Brasil. “Com a normatização via ABNT, o seg-
mento ganhou um ordenamento de mercado e um grande investimento
na melhoria dos produtos. Hoje, 90% das tintas vendidas no mercado es-
tão em conformidade com esse programa. A Universo, por exemplo, está
no programa desde o seu início, participando nas comissões e discussões
dos níveis de qualidade das tintas no Brasil, respeitando o mercado e
o consumidor final. Pode-se dizer que com a nova normatização o con-
sumidor, hoje, entende que para uso interno, ele pode, sim, levar a tinta
econômica. E para uso externo, no mínimo uma tinta standard vai lhe
dar melhor proteção e cobertura, proporcionando maior qualidade
e durabilidade no acabamento. Se você analisar o preço e os resul-
tados em metro quadrado coberto vai ficar muito mais barato para
ele consumir uma tinta standard do que econômica. Hoje, com o seu
poder de compra melhorado e o crédito mais flexível, ele consegue
fazer isto com qualidade. A tendência para o futuro é que a tinta
econômica não exista mais, ou vai ter um volume muito pequeno”,
observa Machado.
Segundo Sergio Dennis Campeas, consultor da Tintas Irajá, a empresa
solicitou a homologação ao PSQ agora no mês de abril. “Consideramos
importante fazer parte do grupo seletivo que aderiu ao programa e acre-
ditamos que no médio prazo estará incorporado à vida dos consumidores
e aplicadores de tinta. Ainda é um pouco cedo para avaliar o impacto
na demanda. A decisão foi acertada. É uma forma de posicionar cada
categoria e cada produto. As tintas econômicas já eram aplicadas mais
em interiores; porém, mesmo as tintas econômicas de melhor qualida-
de acabam tendo desempenho inferior a uma boa tinta standard. O
impacto a médio e longo prazo será positivo, pois acaba posicionando
cada produto. Havia muita especificação errada e o consumidor, por
desconhecer, acabava comparando produtos de diferentes qualidades.”
“Com a migração positiva entre classes sociais, mais pessoas entram
para o universo de consumo. A entrada desses novos consumidores