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Lojas de Tintas
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Eduardo Andrade
Mestre em Administração, professor e coor-
denador do CBA Marketing do Ibmec MG
DICAS DE ações com baixo custo
• Mensagem de texto via SMS para ofertar
promoções.
• Cursos, oficinas e workshops para pinto-
res. Assim, a loja pode atrair clientes em po-
tencial e influenciadores de compra.
• Google Places, um serviço localizador que
permite ao empresário incluir informações
sobrea empresa na internet. Essa passa a
ser uma alternativa interessante, na medi-
da em que o usuário pesquisa em seu smar-
tphone que empresas há na região onde ele
está localizado. Mesmo empresas que não
tem site podem optar pelo serviço. Tudo
sem custo.
• Criar redes sociais da loja, fóruns de dis-
cussão, comunidades on-line, etc. Estes são
campos férteis para ações de marketing
bem direcionadas.
• FriendSell. Estratégia que beneficia o
cliente que indica a loja. A cada indicação
realizada no ato da compra gera ao o clien-
te a oportunidade de ganhar um brinde,
cupons de descontos acumulativos para
as próximas compras ou pode concorrer a
prêmios.
• Pesquisa de satisfação do cliente. Atra-
vés de questionário, é possível descobrir
pontos de melhorias e atenção. Como em
geral o público não gosta de responder a
questionários, é preciso incentivar para que
haja respostas. Criar sorteios para os res-
pondentes pode ser uma boa alternativa. O
prêmio pode ser um bom kit de pincéis ou
acessórios para pintura por exemplo.Caixa
de sugestões pode ser um complemento
para a pesquisa de satisfação. O problema
é que esse tipo de pesquisa normalmente
aponta os defeitos, e os proprietários não
conseguem perceber o quanto estão indo
bem em outros critérios.
Existem diversas outras ações de baixo cus-
to que podem impulsionar as vendas ou
fazer a empresa ser lembrada. Tudo vai de-
pender do contexto do negócio, localização,
público alvo e posicionamento da empresa.
Produção de artigos em sites especializa-
dos, panfletagens, pós- vendas bem traba-
lhados, workshops, postagem de vídeos
no Youtube, ações sociais na comunidade
local, patrocínios regionais e parcerias com
outras empresas são apenas alguns dos vá-
rios exemplos para se executar uma campa-
nha de marketing com baixo custo.
REVISTA LOJAS - Qual é o primeiro pas-
so para montar um planejamento de
marketing?
EDUARDO ANDRADE -
De início, é ideal
que o dono do empreendimento reco-
nheça a importância do marketing e os
resultados que a empresa pode obter a
partir dele. Em seguida, determinar quem
vai cuidar do setor e os recursos disponí-
veis para implantar as ações. O que não
se pode fazer é iniciar esforços sem que
haja uma pessoa responsável pela im-
plantação, acompanhamento e mensura-
ção de resultados. Já ouviu o ditado: “cão
que tem muito dono morre de fome”?
REVISTA LOJAS - Por onde começar as
ações?
EDUARDO ANDRADE -
O ideal é fazer um
planejamento anual. Pense em ações que
podem ser feitas ao longo do ano, levan-
do em consideração as datas comemora-
tivas e produtos temporais. Porém, mês
a mês, o planejamento deve ser revisto.
REVISTA LOJAS - Devo contratar um novo
colaborador apenas para cuidar do marke-
ting emmicro e pequenas empresas?
EDUARDO ANDRADE -
Às vezes, o custo
da contratação está fora da realidade do
pequeno empresário. Nessa situação o
ideal é escolher um funcionário que já faz
parte do quadro. Porém ele precisa ter al-
gumas características: ser comunicativo,
gostar de ter contato com clientes, forne-
cedores e parceiros, ser dinâmico e criati-
vo, ter um bom relacionamento, além de
algum conhecimento técnico em marke-
ting.Outro caminho é a contratação de
freelancers ou agências que podem dar o
suporte necessário à condução de ações
de marketing.
REVISTALOJAS - E-mailmarketing funciona?
EDUARDO ANDRADE -
Sim, desde que
bem-feito. O texto precisa ser claro, con-
vidativo, com poucas informações e vi-
sualmente bonito. O principal erro dessa
ferramenta é o envio sem critério. Todos
nós temos em nossa caixa de entrada
mensagens que não nos interessam. Por
isso, antes de disparar os e-mails, é pre-
ciso criar uma base de dados e a partir
dela entender as necessidades do pú-
blico-alvo. O que incomoda é receber
e-mails sem relevância. Outra dica é que
o e-mail seja endereçado nominalmente
ao cliente-alvo. Disparar mensagens com
um grande número de endereços copia-
dos pode não surtir o efeito desejado.
Quando mais nomes anexados na lista
de endereços, maiores são as chances do
e-mail ser caracterizado como spam e o
cliente não recebê-lo. Observe sempre as
regras de boas maneiras e de privacida-
de, além de acrescentar uma alternativa
ao leitor de apontar se deseja parar de
receber comunicados da empresa.
REVISTA LOJAS - Como mensurar o inves-
tido em marketing?
EDUARDO ANDRADE -
Algumas ações
podem ser mensuradas, outras, não. Essa
expectativa precisa estar bem clara na ca-
beça do lojista. Em geral, duas verbas são
fixadas no planejamento de marketing: a
promocional e a institucional. A primeira
geralmente tem retorno em curto prazo.
Por exemplo: promoções por preço para
redução do nível de estoque. Já a ação
institucional apresenta resultados nor-
malmente em longo prazo. Para que o
cliente e o prospect, leve em considera-
ção um ponto de venda é necessário que
ele seja lembrado como alternativa de
compra. Esse, à grosso modo, é o papel
de ações institucionais.