Revista Lojas de Tintas - Edição 138 - page 45

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antigos e esquecem de novas tecnologias que surgiram para au-
mentar a produtividade e a qualidade, facilitando a operação e,
com isso, tendo a chance de padronizar o processo.”
João Carlos Donato Júnior, diretor comerciaI da Disflex, acrescenta
que o principal problema encontrado nos novos processos de lixa-
mento são o preconceito e a resistência que operadores e encarre-
gados têm de experimentar o novo. “Culturalmente, o brasileiro é
muito ligado à tradição e muito resistente a mudanças. Essa carac-
terística comodista tem mudado com o passar dos anos por causa
da mudança de cultura trazida pela globalização.” Para melhorar o
cenário, Donato Júnior sugere investir em informação. “Com base
na experiência de mercado, a melhor forma de difundir um novo
processo ou produto é o treinamento demonstrativo ao usuário
final”, ensina o executivo. “A aplicação vista in loco pelo usuário
expõe os resultados e benefícios, esclarecendo dúvidas e transfor-
mando o participante em um agente multiplicador do processo.”
Indo além da questão da conscientização por parte de alguns
consumidores, Reynaldo Bernardes Coragem, gerente técnico de
abrasivos da Alcar, diz que hoje em dia os sistemas de lixamento
e polimento de veículos que utilizam lixadeiras e politrizes vêm
substituindo operações manuais, muito utilizadas no passado.
“Os sistemas estão muito disseminados nas oficinas de funilaria
e pintura. Como o custo da restauração se torna cada dia mais
importante e o uso de sistemas reduz significativamente o custo
geral da operação, o seu uso é fundamental”, afirma ele. “Se ainda
existem barreiras à introdução de sistema nas oficinas, são cultu-
rais, que requerem mudanças de hábitos, mas que estão sendo
vencidas pelo menor custo, qualidade, esforço reduzido dos fun-
cionários e limpeza do local de trabalho.”
Sobre o assunto, Rodrigo Ribeiro, gerente técnico da Klings-
por Brasil, acredita que o mercado está à procura de produtos
que evitam o empastamento prematuro dos discos abrasivos,
aumentando a produtividade e o nível perfeito de acabamen-
to. “Os produtos de hoje possuem uma resina especial que tem
uma importante característica: não deixar aderir o pó lixado nas
lixas, auxiliando no aumento da vida útil do produto abrasivo.”
Ribeiro acrescenta que “os fabricantes de ferramentas para utili-
zação dos produtos abrasivos vêm se readequando a essa realida-
de e fabricando máquinas que tenham um sistema de aspiração
extremamente eficaz para evitar a geração e a propagação de pó,
melhorando assim as condições de trabalho dos operadores e ob-
tendo um acabamento mais próximo do perfeito.”
Benefícios
No mercado existem diversos tipos de sistemas de lixamentos:
seco e úmido, entre outros. Entretanto, um deles ganha desta-
que: o lixamento a seco, e gradativamente diversas oficinas mi-
graram do úmido para o seco. Uma das principais vantagens desse
sistema é a organização, a limpeza e a produtividade da oficina,
pois grande parte do trabalho recebe a ajuda dos processos me-
cânicos. O tempo também é menor, por não precisar de secagem.
Patrícia Antonio, da 3M, pontua que um dos motivos da migra-
ção é prevenir a oxidação da chapa e reduzir o nível de sujeira na
oficina, além de ampliar a produtividade e minimizar os esforços
físicos através da utilização das lixadeiras orbitais.
A gerente de produtos ainda dá um conselho: para evitar o re-
trabalho no processo de lixamento é preciso, primeiramente,
conhecer muito bem as tecnologias disponíveis no mercado e o
diferencial oferecido por cada uma delas. “O ideal é identificar
o melhor sistema que se adapte ao seu ambiente de trabalho
e buscar conhecimento e capacitação técnica com a empresa
que fornece os produtos utilizados por ele, aliando a sua expe-
riência com o conhecimento e informações técnicas de todo o
processo”, ensina a executiva. Adalberto Purper, sócio da Pur-
plex, menciona que os equipamentos também ajudam na pro-
dutividade da oficina e podem diminuir casos de lesões por
movimentos repetitivos do corpo. “Sistemas de lixamento e fer-
ramentas adequadas para seu uso irão contribuir em muito para
evitar casos de LER (lesão por esforço repetitivo), além de me-
lhorar a produtividade do operador e a qualidade no acabamen-
to final e diminuir os efeitos nocivos junto ao meio ambiente.”
Reynaldo Coragem, da Alcar, concorda e enfatiza qualidades dos
sistemas, como a limpeza da oficina e a redução de mão de obra.
“Os sistemas de lixamento se caracterizam pela limpeza do local
de trabalho, pois as lixadeiras possuem sistema de exaustão do
pó gerado no lixamento, pela qualidade do acabamento e pelo
menor custo geral da operação de reparo do veículo. O sistema
proporciona conforto e menor uso da força muscular, fazendo as-
sim com que o retrabalho seja bastante reduzido.”
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