Revista Lojas de Tintas - Edição 141 - page 17

Lojas de Tintas
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O caminhoatéoreconhecimento
Hoje,Marquinhos é reconhecidonas principais feiras de automó-
vel eparticipade vários programas deTV. Ao chegar aos eventos,
os visitantes o chamam pelo nome e comentam os seus traba-
lhos. Para atingir o reconhecimentode hoje, ele começou cedo a
desenvolver suas habilidades; desde criança esteve ligado a car-
ros e desenhos. O primeiro contato foi com o desenho: quando
tinha aproximadamente 11 anos já grafitava muros doados pela
prefeitura. Alguns comerciantes da região também o chamavam
paradecorara fachadada loja.Aos13anos foi trabalharaplicando
insulfilm em carros. Poucos anos depois, mudou para o ramo de
som automotivo, onde a paixãopor carros ficoumais intensa. Da
lojade som foi para apersonalizaçãode carros: faziaparachoque
personalizado.Atédesenhavanoscarros,masoprincipal trabalho
era preparação de veículo. “Antes de fazer qualquer desenho no
carro, a lataria ou parachoque precisa de um bom preparo. Lixar,
aplicar massa plástica e fundo”, explica. Depois do expediente,
personalizava capacetes e alguns carros, tudo em um pequeno
espaço da casa. A procura pelos trabalhos ficou tão grande que
decidiu largar o trabalho convencional para iniciar o empreende-
dorismo. Não tinha 17 anos nem perfeitas técnicas de personali-
zação,masdecidiuarriscar.
Convite improvável
Já fazmais de 10 anos, mas ele ainda lembra com detalhes o dia
emqueumhomemengravatado entrouum seupequeno espaço
de trabalho com uma proposta incrível emudou completamente
o ritmo de sua vida. “Ele me pediu para desenhar o avião dele,
mostrouoprojetoeeufiqueimuitoanimado”.O jovem sabiaque
oprojetoeragrandeeprecisariadeajuda. ProcurouaArtMania,
empresa que admiravamuito, e propôs uma parceria para faze-
rem o trabalho juntos. Ao apresentar o seu portfólio, Cruz rece-
beuo convitepara fazer partedaequipedaArtMania. Depoisde
mostrar todooprojeto, ohomemdoaviãonuncamaisvoltou. Cer-
todia,Marcoencontrouohomemandandodebicicleta, de terno,
e resolveusegui-lo. “Cheguei atéumacasasimples, cheiade lixona
rua. Perguntei para os vizinhos onome do cara, eles confirmaram
queeraapessoacerta.Elesdisseramqueohomemeraapaixonado
poravião.Naépocanãotinha internet. Elemostrou todooprojeto,
que não existia”. A parte boa da história é que Marquinhos per-
maneceu seis anos na ArtMania, onde aprendeu o aerografismo,
técnicadepinturae ilustração, semelhanteaografite.
Superchance
Seus trabalhos na televisão começaram na Record, no programa
do Gugu, onde fez alguns carros personalizados. O trabalho na
Globo veio sem ele esperar ou planejar.“Recebi o trabalho para
fazer um carro para uma revista, o carro era um Gol geração 6
que seria tema da Copa das Confederações. Comecei o trabalho,
combinamos o que seria feito, dei início aos trabalhos, sempre
recebia ligaçãopara acrescentarmais coisa. Até achei estranho e
comentei que, no projeto inicial, estava apenas uma pintura. Eu
falei que o serviço estava maior, além do combinado, foi então
que revelaram que o carro seria para o programa Lata Velha. Fi-
quei surpreso e bem feliz. Terminamos o carro e eu fui até o Rio
de Janeiro fazer a gravaçãodoprograma; depois veioo segundo,
o terceiro, até que fiz um contrato para fazer um carro pormês,
ondeestouatéhoje.”
MarcoepartedaequipedaMacAerografia
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