Show do Pintor Profissional - Edição 167 - page 6

SHOWDOPINTOR•OUTUBRO16
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Em volume, o consumoper capitadetintas imo-
biliária no Brasil é de 5,5 litros, maior que o de
países vizinhos. Na Argentina, o consumo é de
4,2 litros; no Paraguai, 1,5 litro; e na Bolívia, em
torno de 1 litro, segundo dados da Associação
Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).
Apesar deoBrasil ter amelhor colocação, Daniel
Campos, presidentedaAkzoNobel TintasDecora-
tivas, pontua que o país é o quemenos vende a
linha premium. Levando em consideração esses
dados,eleacreditaqueosegmentopremium tem
grandepotencialdecrescimento. “Vejoque inves-
tir nomercado demais qualidade é uma grande
oportunidade para todos: ganha o consumidor,
queestá levandoumprodutomelhor;ganhaova-
rejo, com acesso amelhores produtos; eopintor
têm vantagens ao trabalhar com um produto de
aplicaçãomais fácil edemelhor cobertura.”
O presidente da AkzoNobel comenta ter escuta-
do de vários lojistas que os produtos premium
são adquiridos por uma pequena parcela dos
brasileiros, as classes A e B; porém, para ele,
essa é uma percepção equivocada, pois o con-
sumidor brasileiro está cada vez mais exigente
em suas escolhas, e as pesquisas mostram que
o principal foco da classe C não sãoos produtos
mais baratos, porque os consumidores incluídos
nessaclassevalorizammuitoaqualidadeeestão
dispostos a pagar por ela. “O público de baixa
renda busca qualidade, e não necessariamente
o mais barato. Até porque, para esse perfil, o
dinheiro é mais difícil; então, no geral, ele não
arrisca levando omais barato, porque sabe que
pode ter problemas e terádificuldadepara com-
prarooutroprodutocasooprimeironão funcio-
ne comoo esperado. Então, a frase ‘obarato sai
caro’ faz aindamais sentido.”
AUMENTANDOO TICKETMÉDIO
Como consequência dos efeitos da economia
atual dopaís, o varejo apresentouqueda noflu-
xodepessoasdentrodas lojas,mas issonãopre-
cisa ter relaçãodireta como faturamentodo es-
tabelecimento.Umadasalternativasé fazer com
que o cliente que entrou na loja não saia sem
consumir. Comoonúmerodevisitantesestáme-
nor, osvarejistas têmmais tempoparaconversar
eatenderasdúvidasdosclientes, eaté fomentar
AÇÕESNO PONTODE VENDA
DANIEL CAMPOS, PRESIDENTEDAAKZONOBEL TINTAS
DECORATIVAS, DÁDICAS SOBRECOMOO LOJISTA PODE
AGREGAR VALORDENTRODA LOJA
o consumo de quem está dentro da loja. Uma
das alternativas para isso acontecer é quando o
cliente conhece em detalhes as funcionalidades
dos produtos demaior valor agregado, como os
itenscommaior teor tecnológicoeperformance.
“Um exemplo é a tinta de maior desempenho,
principalmentenaáreaexterna,quesofremaiso
efeitodas intempéries.Outrasopções sãoastin-
tas que trazem conforto térmico, e as laváveis”,
contaCampos.Emépocasdeeconomiafinanceira
abalada, muitas pessoas têm que adiar o sonho
de comprar a casaprópria. Todavia, esse fenôme-
no não precisa, necessariamente, abalar as ven-
dasdastintas, comoeleexplica: “Nãoéporqueo
consumidornão trocoudecasaqueelenão tenha
odesejodeficar emumambientebonitoe sentir
orgulhodo imóvel. Pelo contrário, jáqueomora-
dor vai ficar na casa antiga, vai precisar arrumar
o lar, e a pintura é um item de decoraçãomuito
barato. É mais em conta trocar a cor da parede
da salaoucomprarumamesaouum sofánovo?”
MAIORES EMELHORES
Dentro de sua estratégia de atuação no ponto
de venda, aCoral criouumaplicativoque, desde
o seu lançamento, em 10 de agosto, teve mais
de 2mil downloads. Ele pode ser baixado pelos
vendedores queparticipamdoprograma “Maio-
res e Melhores” e permite que os profissionais
troquem informações combalconistas de todoo
Brasil pormeiodo feeddenotícias, participando
de campanhas e recebendo informações sobre
as açõesdaempresa.
Oprograma “Maiores eMelhores” foi criadoem
2011 para incentivar os balconistas e gerentes
de lojas. Atualmente, são 6mil profissionais ca-
dastrados. Há vídeos de treinamento e campa-
nhas. Além de fidelizar esse público, a iniciativa
também estimula os profissionais a terem uma
argumentação correta sobre o ponto de venda,
a posicionarem o produto da melhor maneira
possível eaestaremsempreatualizadossobreas
novidadesdaCoral.
CAMPANHAS
A pintura imobiliária tem aumento de demanda
no segundo semestre do ano. Um dos motivos
é que os moradores das casas querem deixar o
imóvel arrumado para as festas de final de ano,
a fim de receberem as visitas em um ambiente
apropriado. Devido às festividades e férias esco-
lares, as pessoas tendem a ficar mais reunidas,
e isso, portanto, requer um ambientemais con-
fortável. A indústria de tinta conhece tal sazo-
nalidade e investe em campanhas publicitárias
demaneiramassiva nessa época do ano. Entre-
tanto, a Coral decidiu antecipar-se e começou
com as campanhas em TV aberta desde o mês
demaio, como comercial doDecora. Para Cam-
pos, umdosmotivos da antecedência épara ter
mais tempode inspirar o consumidor eparaque
este não fique apenas com a intenção de pintar
a casa, mas concretize o projeto. Apesar do nú-
mero de venda de tintas aumentar no final do
ano, o índice poderia ser ainda mais positivo,
caso o consumidor não encontrasse empecilhos
capazes de fazê-lo desistir do projeto. Essa con-
clusão decorreu de pesquisas internas da Coral,
as quais constataram que um terço das pessoas
que tema intençãodepintaro imóvel desisteno
meiodocaminho. “Muitosdos investimentosda
campanha são para que as pessoas invistam em
tintaenadecoraçãoe sintam-se seguras ao rea-
lizarem a pintura; dessemodo, acreditamos que
uma maneira de isso acontecer será inspirando
o consumidor. Sabemos que a situaçãofinancei-
ra não é amais favorável, mas já que o compra-
dor não está com condições de viajar ou trocar
de carro, a opção de pintar a casa e sentir uma
mudança agradável em sua vida serápossível. O
nosso trabalho é ajudar a inspirar o consumidor
àmudança”, finaliza o presidente da AkzoNobel
TintasDecorativas.
GESTÃO
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