Show do Pintor Profissional - Edição 171

SHOWDOPINTOR•MARÇO17 21 focada naquilo que deve fazer, no qual há equi- líbrio entre os desafios a serem enfrentados, a complexidade da sua tarefa e suas próprias ca- pacidades”, conta a psicóloga. A persistência do funcionário também é estimulada quando ele está satisfeito no ambiente de trabalho. “A per- sistência no mercado de vendas é essencial ao processo comercial, pois alinha a vontade de vender”, conta Jéssica. Segundo a especialista, a sensação de autoconfiança também aumenta quando o colaborador está feliz e, como conse- quência, ele temmais poder de influência junto aos clientes. “Quando estamos confiantes, con- seguimos vender a nossa ideia ou produto com muita facilidade. Quando os colaboradores se encontrammotivados, eles sentem essas cinco sensações, o que acarreta no resultado direto das vendas da corporação. Uma motivação ali- nhadacomumbomdesenvolvimentodecompe- tências e habilidades influencia diretamente na meta domês, do ano eda corporação comoum todo”, conclui Jéssica. FREQUÊNCIADAS PALESTRAS MOTIVACIONAIS Treinamentos motivacionais contribuem para o aumentodoengajamentodo colaborador, e isso irá possibilitar que ele identifique um propósi- to em sua rotina de trabalho. Tais treinamentos devem explicitar a importância do colaborador para o alcance dos objetivos da empresa, pois isso irácontribuirparaqueele seenxerguecomo parte do todo. Para Pablo Padilha, professor da Saint Paul Escola de Negócios, um dos pontos mais importantesdos treinamentos corporativos está na elevada dedicação do palestrante ou do facilitador. O treinamento pode ocorrer até em uma salade café,mas se for executado com foco na importância do colaborador para a empresa e foco também no que a empresa espera dele, surtirá efeito e irá gerar bons resultados. Alles- sandra, da AlleaoLado, complementa dizendo ser indicado ter vários treinamentos motivacio- nais durante o ano, pois o colaborador entende queele temumcuidadoespecial comele.Quan- do a empresa tem um programa de desenvolvi- mento - que é essa sequência de treinamentos seguidos - onde um complementa ooutro e faz comque apessoa sintaumdesenvolvimento, se sente cuidada e isso gera na prática o real de- senvolvimento técnico e comportamental desse colaborador. “Eu chamo issode trilha do conhe- cimento, desenvolvimento. É uma trilha porque uma vez pormês o treinador vai passar por uma experiência com conteúdonovo, didáticanovae tudo isso vai complementandoparaque consiga desempenharmelhor o trabalhodesignado.” Luciana Tegon, sócia e diretora da Consul- tantsGroupbyTegon, queatuaem consul- toria especializada em recrutamento, sele- ção e recolocação, listou as 5 atitudes que maisdesmotivamnoambientede trabalho. 1. NEPOTISMOXMERITOCRACIA Para os funcionários, um grande fator de desmotivação é a prática deliberada do favorecimento de pessoas íntimas ou que têm vínculos (nepotismo) comos gestores, por meio de bonificações e promoções, muitas vezes, não embasadas emmereci- mento. Nada mais desestimulante do que isso para um funcionário comprometido e que esteja buscando crescimento. Ter re- gras claras sobredesempenho, performan- ce emetas, assim como também reconhe- cer funcionáriosquesedestacam,promove ameritocraciaedemonstraacoerênciapor partedagestão. 2. NÃOAPOIARODESENVOLVIMENTO Empresas menores temem que seus fun- cionários flertem com o mercado e sejam seduzidos por uma oportunidade em empresas de renome, onde possam fazer suas carreiras, o que, muitas vezes, não é possível em pequenas emédias, devido à estruturação dos cargos e áreas. Dessa forma, quando o funcionário pleiteia um auxílio para pós-graduação ou idioma, é conduta comum lhenegar essebenefíciopor receiodeestar qualificandoo funcionárioe, assim, habilitando-oparamelhoresoportunidadesnomercado.Decerta forma, aestratégia, infelizmen- te, funciona, mas a empresa troca um problema demédio prazo, que é a perda do funcionário, por umproblema imediato, queéa insatisfaçãodele. 3.FALTADE PROXIMIDADE Grandepartedos problemas das empresas residenos ruídos de comunicaçãoouda faltadelano ambiente corporativo. Em tempos de crise,mesmoque as notícias não sejamboas, a clareza e a presençaconstantedo líder,oudono, juntoaoscolaboradoreséumapráticamuito recomendada. Naausênciadecomandoouclareza,oscorredoresseencarregarãodecriarashipóteseseboatos, oque se tornanefastoao climaorganizacional. 4. PRÁTICADEMICROGESTÃO Aprática desestimula os colaboradores a tomar iniciativas, correr riscos, trazer novas ideias, en- fim, participar ativamente como cabeças pensantes daorganização. Umdonoou gestor que cer- ceia a autonomia de um funcionário criticando ou interferindo nos processos a todo instante apresentaprovas clarasdequenão confianoprofissional equenãoovaloriza. Dificilmente, uma empresa conseguirá reter osbons talentos. 5. FALTADE ESTÍMULO EMETAS Se trabalhareesforçar-semais significa receberamesma remuneraçãoe reconhecimentodoque aqueles que fazem “operação padrão”, não hámotivos para ninguém buscar alta performance dentrodaorganização. Dessa forma, aempresanivelapor baixoopotencial de seus funcionários e deixa de ganhar produtividade, elevação da qualificação e do comprometimento da equipe. Todosperdem. Importante criarmetase recompensasque sejamdesafiadoras,masque também sejam tangíveis; essaequaçãodeve sermuitobembalanceada.

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