Revista Paint & Pintura - Edição 256

PROGRAMA SETORIAL DA QUALIDADE 66 | PAINT&PINTURA C oordenado pela Abrafati, o Pro- grama Setorial da Qualidade de Tintas Imobiliárias (PSQ) comple- ta 18 anos em 2020. Desde 2002, quan- do foi criado - como parte do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtivida- de no Habitat (PBQP-H), do governo federal -, mudou o panorama das tintas imobiliárias no País, ao contribuir para o aprimoramento dos produtos e o ordenamento do mercado. Reconhecido pelo mercado e pelo go- verno como uma iniciativa que trouxe efeitos extremamente positivos, o PSQ foi descrito como parte de “um Brasil que dá certo” pelo advogado Rafael Baitz, em live promovida pela Agnelo Editora em julho. Ainda assim, alguns mitos cercam o programa e precisam ser esclarecidos. Para isso, Paint & Pintura convidou quatro profissionais que conhecem o PSQ como ninguém: Anne Costa, coor- denadora técnica da Abrafati e do PSQ; Jairo Cukierman, engenheiro e diretor MITOS E FATOS DO PSQ DE TINTAS IMOBILIÁRIAS PROFISSIONAIS ESCLARECEM AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE O PROGRAMA SETORIAL DA QUALIDADE DE TINTAS IMOBILIÁRIAS (PSQ), QUE ESTÁ COMPLETANDO 18 ANOS da Tesis, empresa responsável pela gestão técnica do PSQ; Rafael Baitz, advogado especializado em direitos do consumidor, que assessora o PSQ; e Wiliam Saraiva, coordenador do CB- 164, o Comitê de Tintas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Mito 1: Só empresas grandes partici- pam do PSQ Anne Costa: FATO - Atualmente, exis- tem42 empresas participando do PSQ. São empresas de todos os portes: gran- des, médias e pequenas. Não existe restrição à participação de nenhuma empresa: o programa está aberto a to- dos os fabricantes que queiram aderir. Vale tambémdestacar que estas 42 em- presas possuem unidades fabris em 16 estados, nas cinco regiões do Brasil. Tal fato mostra que, independentemente do porte ou da localização geográfica, qualquer empresa que tenha compro- metimento com a qualidade das tintas imobiliárias que fabrica ou comercializa tem condições de participar do PSQ. Mito 2: É um programa que prejudica os pequenos fabricantes Wiliam Saraiva: É um programa que estabelece parâmetros claros para a avaliação das tintas e proporciona isonomia competitiva, o que beneficia todos os fabricantes que atuamdema- neira séria, sejameles grandes, médios ou pequenos. Pode ser ressaltado, por exemplo, que a participação no Pro- grama também abre oportunidades exclusivas para quem tem o atestado de qualidade, o que vale para fabrican- tes de qualquer porte: o fornecimento de tintas para programas habitacionais e obras com financiamento de bancos oficiais ou a venda de tintas a pequenas construtoras e outras empresas com o uso do Cartão BNDES. Mito 3: É um programa que não consi- dera as diferenças regionais Rafael Baitz: Diferenças regionais - de renda, cultura ou outras - não podem servir como justificativa para que o consumidor de uma determinada loca- lidade seja exposto a produtos que não atendama requisitos técnicosmínimos de qualidade. É importante destacar que as normas técnicas valemem todo o Brasil, devendo ser seguidas indepen- dentemente de eventuais diferenças regionais. Isso significa dizer que o respeito à norma técnica é a garantia de que todos os consumidores, de todas as partes do país, estarão adquirindo umproduto seguro, durável e resisten- te, capaz de desempenhar aquilo que se espera de uma tinta de qualidade. Por último, não custa lembrar que tin- tas fabricadas em uma região do país podem ser vendidas em outra região. Daí a importância de um programa nacional, e não local. Anne Costa, coordenadora técnica da Abrafati e do PSQ

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=