Show do Pintor Profissional - Edição 170 - page 19

SHOWDOPINTOR• JAN/FEV17
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disponibilidadede cores parao consumidor commelhor rentabilidadepara
lojistas e fabricantes.”
Renato Araújo, diretor técnico da Alessi, calcula que a representatividade
do volumede vendas do sistematintométricoestáem tornode20%, oque
mostraoportunidadede crescimento. “As vantagens eos benefícios do sis-
tema talvez não estejammuito claros aos lojistas. O trabalhodo fabricante
estáemevidenciar essas vantagens emostrar aos lojistas os caminhos para
tornar o negóciomais rentável, tanto pela redução de estoque quanto por
ummelhormark-up.”
Quando o cliente encontra a cor exata que deseja, o preço deixa de ser o
itemmais importante na negociação, como explica Fernando Domingues,
diretor demarketingdaAkzoNobel TintasDecorativas. “O sistematintomé-
tricopossibilitaqueo consumidor encontre a cor no tomexatoqueelede-
seja, reduzindo a dependência do fator preço na decisão final. Além disso,
geralmente, as embalagensmais vendidas são as demenor litragem, oque
propicia maior rentabilidade ao lojista. O sistema também é eficiente em
termos de capital de giro, pois permite que o lojista trabalhe commenor
complexidadenoestoque (bases e corantes versus coresprontas).”
INSTALANDOO SISTEMA
Financeiramente, o sistematintométricoexigeum investimento inicial (má-
quina e agitador) maior ao lojista quando comparado à linha ready mix,
porémo sistematintométrico reduz oestoque, fogeda guerrados preços -
poisoclienteentrana lojaprocurandocore, depois, preço -eaumentaa lu-
cratividadedo lojista, e assimpagao investimento inicial. Parao lojistaque
deseja implantar o sistemaem seuestabelecimento, oprimeiropassoées-
colher omodelo ideal, conforme estimativa de volume. Domingues lembra
queo equipamentopode ser adquiridodiretamente como fabricante, que
oferece linhas de crédito e financiamentos por parte do governo (Proger,
Banco do Brasil, BNDES). “Se considerarmos a aquisição do equipamento
(dosadoraeagitador) eumpedido inicialmínimodebases e concentrados,
estima-se ser necessário o investimento inicial na ordem de R$ 50 a R$ 60
mil. Vale lembrar quemuitas empresas utilizam sistemadebônus por litra-
gem, conforme critérios estabelecidos.”
Também é necessário que o lojista firme contrato de uso do sistema tin-
tométrico com a empresa,
com uso do software e da
marca. O tamanho da má-
quina varia muito de mo-
delo para modelo, mas há
equipamentos que podem
ser armazenados em espa-
ço de quatro metros qua-
drados. “Depois do sistema
instalado, sãodeterminadas
as diretrizes de assistên-
cia técnica, estratégia de
marketing emerchandising,
além de ações que propor-
cionarãomelhor fluidez dos
produtosdoestoque.”
MANUALOU
AUTOMÁTICO
Atualmente, há duas ver-
sões de sistema tintomé-
trico: o manual e o auto-
mático. Gregório Bastos Alencar, gerente de produto, trade marketing e
assistência técnica da Eucatex, acredita que amáquinamanual é indicada
paraa lojadepequenoporte. Estabelecimentos comprodutividadeapartir
de30galõesdebases trabalhamparao crescimentodevolumeatéapossi-
bilidadedeupgradeparaumequipamentoautomático, indicadoparaa loja
que já identifica amaturidadeeopotencial de vendas, epara clientes com
produtividadeapartir de100galõesdebases.
Domingues, daAkzoNobel, também concorda comAlencar,mas acrescenta
que nos últimos anos os fabricantes de equipamentos tintométricos têm
investido bastante em projetos menores emais econômicos. “A boa notí-
cia é que esses investimentos estão acontecendo emmáquinas demenor
volume. Assim, o lojista tem um equipamento automático, o que reduz de
forma significativaaocorrênciade falhasoperacionais. Hoje, o custodeum
equipamentoautomáticomaissimplesémuitopróximodeummanual,mas
a facilidadedeoperaçãoegarantiade reproduçãode corespotencializama
escolhadaversãoautomáticaparaoPDV.”MauroPorto, gerentedemarke-
ting da Suvinil, recomenda que todos os lojistas trabalhem commáquinas
automáticas, pois elas permitemmaior precisão na dosagem e um fracio-
namentodo colorante, que atinge todas as cores do leque. “Nasmáquinas
manuais, nãoépossível atingirdeterminados tons suavesqueusam frações
pequenas de colorante. Asmáquinasmanuais também não permitem pig-
mentar embalagensmenores, comooColortest.”
DIFUSÃODO SISTEMA
Apesar das qualidades do sistematintométrico, diversas lojas noBrasil ain-
danão trabalham comele, principalmenteasmenores. Tambémháestabe-
lecimentos que têm amáquina,mas nãousufruemde todos os benefícios,
como explica Araújo, da Alessi: “Algumas são improdutivas com o sistema,
pormotivo de dúvidas de como trabalhar, por falta de conhecimento e re-
sistênciana venda.”
Para Araújo, é preciso que o lojista veja que o sistema aumenta o estoque
semo riscodemanter produtosdebaixogiro. “Assim, ele consegue investir
emoutrosbenefíciosparaoestabelecimento.”
Ana Cristina Gomes, responsável por sistema tintométrico da Futura Tin-
tas, afirma que uma das formas de obter maior sucesso com o sistema é
incentivar o cliente e mos-
trar todas as possibilidades
de cores. Epara este traba-
lho a dedicação do lojista é
essencial. “O atendimento
nesse tipo de venda tem
que ser diferenciado, com
um espaço inspirador den-
tro da loja e ferramentas
apropriadas: leques de co-
res, revistas de decoração
e simulador de ambientes.
É uma venda sem pressa.
Os benefícios da comercia-
lização por meio dos siste-
mas tintométricos são per-
ceptíveis em toda a cadeia
produtiva e, essencialmen-
te, pelo consumidor final,
que busca variedade de
cores, altaqualidadee ver-
satilidade.”
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